Texto atualizado às 8h
BENGHAZI - O embaixador dos EUA na Líbia, J. Christopher Stevens, e outros três norte-americanos morreram após confrontos no consulado em Benghazi na terça-feira. Abdel-Monem Al-Hurr, porta-voz do comitê supremo de segurança da Líbia já havia confirmado a morte de um funcionário na noite de terça, mas não informou que se tratava do embaixador.
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O vice-ministro do Interior líbio, Wanis al-Sharif, em reação ao ataque, acusou apoiadores do ditador Muamar Kadafi de liderarem a ação. "Eles são remanescentes do antigo regime".
Wanis al-Sharif sugeriu que o ataque tenha sido uma reação à extradição de Abdullah al-Senoussi, ex-chefe de inteligência de Kadafi.
Ataque
Homens armados atacaram o consulado e entraram em confronto com forças de segurança da Líbia durante um protesto contra um filme norte-americano considerado blasfemo por alguns muçulmanos, segundo uma fonte de segurança. O funcionário disse que havia fogo no consulado e que os empregados foram retirados. Um repórter da Reuters viu três membros das forças líbias de segurança deixando o local feridos, numa ambulância.
Egito
Na quarta-feira, manifestantes escalaram o muro da embaixada dos EUA no Cairo, onde rasgaram e queimaram uma bandeira norte-americana para protestar contra esse filme. Muitos muçulmanos consideram que qualquer forma de retratar o profeta Maomé é uma blasfêmia.
Embora não esteja claro qual filme motivou o protesto, a prestigiosa mesquita Al Azhar, do Cairo, condenou na terça-feira o "julgamento" simbólico de Maomé realizado por um grupo dos EUA que tem como participantes o pastor cristão Terry Jones, pivô de protestos no Afeganistão em 2010 por ter ameaçado queimar o Corão.
Com Reuters