Embaixador dos EUA morre em ataque ao consulado na Líbia

Além de J. Christopher Stevens, outros três americanos morreram

PUBLICIDADE

Foto do author Redação
Por Redação
Atualização:

Texto atualizado às 8h

PUBLICIDADE

BENGHAZI - O embaixador dos EUA na Líbia, J. Christopher Stevens, e outros três norte-americanos morreram após confrontos no consulado em Benghazi na terça-feira. Abdel-Monem Al-Hurr, porta-voz do comitê supremo de segurança da Líbia já havia confirmado a morte de um funcionário na noite de terça, mas não informou que se tratava do embaixador.

Veja também:especial ACERVO: último assassinato de embaixador americano ocorreu em 1979link Protestos contra filme norte-americano na Líbia e no Egito

O vice-ministro do Interior líbio, Wanis al-Sharif, em reação ao ataque, acusou apoiadores do ditador Muamar Kadafi de liderarem a ação. "Eles são remanescentes do antigo regime".

Wanis al-Sharif sugeriu que o ataque tenha sido uma reação à extradição de Abdullah al-Senoussi, ex-chefe de inteligência de Kadafi.

Ataque

Homens armados atacaram o consulado e entraram em confronto com forças de segurança da Líbia durante um protesto contra um filme norte-americano considerado blasfemo por alguns muçulmanos, segundo uma fonte de segurança. O funcionário disse que havia fogo no consulado e que os empregados foram retirados. Um repórter da Reuters viu três membros das forças líbias de segurança deixando o local feridos, numa ambulância.

Publicidade

Egito

Na quarta-feira, manifestantes escalaram o muro da embaixada dos EUA no Cairo, onde rasgaram e queimaram uma bandeira norte-americana para protestar contra esse filme. Muitos muçulmanos consideram que qualquer forma de retratar o profeta Maomé é uma blasfêmia.

Embora não esteja claro qual filme motivou o protesto, a prestigiosa mesquita Al Azhar, do Cairo, condenou na terça-feira o "julgamento" simbólico de Maomé realizado por um grupo dos EUA que tem como participantes o pastor cristão Terry Jones, pivô de protestos no Afeganistão em 2010 por ter ameaçado queimar o Corão.

Com Reuters

 

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.