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Enchentes em Bangladesh já deixaram mais de 100 mortos

Número de afetados pela tragédia já chega a 5,6 milhões

Atualização:

DACA - O número de mortos pelas enchentes que atingem Bangladesh há uma semana já passou de 100 e o de afetados chegou a 5,6 milhões, apesar dos evacuados começarem a retornar para suas casas, informaram neste domingo, 20, à Agência Efe diversas fontes.

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"Até o momento, temos informação de 115 mortes nas inundações desde 12 de agosto, o que inclui 17 falecimentos ocorridos nas últimas 24 horas", indicou uma porta-voz do Departamento de Gestão de Desastres, Naznin Shamima.

Quanto ao território afetado, Shamima detalhou que 31 dos 64 distritos do país estão debaixo de água atualmente, com pelo menos uma ou duas demarcações administrativas unindo-se à lista a cada dia ao mesmo tempo que a "água baixa em outras áreas".

Segundo Shamima, 147 mil pessoas permanecem nos 630 acampamentos de emergência estabelecidos pelas autoridades, um número consideravelmente mais baixo que o dos últimos dias.

Abdul Jabbar, um criador de gado residente no nortista distrito de Rangpur, voltou, no sábado, 20, a seu lar após ter passado três dias em um acampamento para evacuados junto à mulher e aos três filhos.

Daca - capital de Bangladesh Foto: Munir Uz Zaman/AFP

"Costumava ganhar a vida com uma fazenda de patos. A maioria dos filhotes de pato morreram enquanto que outross muitos foram embora flutuando", afirmou por via telefônica, ao dizer que agora só restam 350 dos mil animais que possuía.

No vizinho distrito de Bogra, Mohammad Babu Miah está há um mês vivendo em uma barraca colocada em uma esplanada, onde gastou todas as suas economias depois que sua casa e sua pequena plantação de chá ficaram inundadas.

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"Viver aqui em uma barraca debaixo da chuva e do sol é muito difícil. Os meus dois filhos focaram doentes, mas não pude levá-los a nenhum lugar para que fossem tratados", lamentou Miah.

Esta é a segunda onda de fortes precipitações que afetam Bangladesh desde meados de junho, desencadeando inundações nas quais morreram 161 pessoas, a maioria afogada. / EFE

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