WASHINGTON - O número de pessoas que tentam cruzar a fronteira do México com o EUA de maneira clandestina caiu 40% no primeiro ano do governo de Donald Trump em relação a 2017, movimento que analistas atribuem à retórica agressiva do presidente contra imigrantes legais e ilegais.
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“Sem nenhuma adição real aos esforços de controle na fronteira para explicar uma mudança tão dramática de um ano para outro, a queda aponta para uma mudança em como os que potencialmente cruzariam a fronteira de maneira não autorizada veem os esforços de controle do governo Trump”, diz estudo do Migration Policy Institute sobre os resultados dos primeiros 12 meses de governo.
O movimento na fronteira é medido pelo número de apreensões realizadas na região pelos agentes federais. A queda mais acentuada ocorreu de janeiro a abril, mês que registrou apenas 11,7 mil detenções, a menor cifra em 17 anos. A partir de maio, houve gradual aumento das apreensões, o que não impediu a redução de 40% em todo o ano. Em novembro, o número chegou a 29,1 mil, o maior desde janeiro.
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O estudo apontou que o total de famílias apreendidas passou de 1 mil, em abril, para 8 mil, em dezembro. O número de crianças desacompanhadas também cresceu, de 1 mil para 4 mil no mesmo período. “Isso é uma demonstração de que os fatores que estimulam a migração continuam presentes, em especial a violência em países da América Central”, afirmou Sarah Pierce, uma das autoras do estudo.