Entrada ilegal nos EUA pelo México teve queda de 40% em um ano

Analistas atribuem redução à retórica agressiva do presidente contra os imigrantes de forma geral

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Por Cláudia Trevisan , CORRESPONDENTE e WASHINGTON
Atualização:

WASHINGTON - O número de pessoas que tentam cruzar a fronteira do México com o EUA de maneira clandestina caiu 40% no primeiro ano do governo de Donald Trump em relação a 2017, movimento que analistas atribuem à retórica agressiva do presidente contra imigrantes legais e ilegais.

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“Sem nenhuma adição real aos esforços de controle na fronteira para explicar uma mudança tão dramática de um ano para outro, a queda aponta para uma mudança em como os que potencialmente cruzariam a fronteira de maneira não autorizada veem os esforços de controle do governo Trump”, diz estudo do Migration Policy Institute sobre os resultados dos primeiros 12 meses de governo.

Construção de muro na fronteira foi promessa de campanha do presidente americano Foto: REUTERS/Mike Blake

O movimento na fronteira é medido pelo número de apreensões realizadas na região pelos agentes federais. A queda mais acentuada ocorreu de janeiro a abril, mês que registrou apenas 11,7 mil detenções, a menor cifra em 17 anos. A partir de maio, houve gradual aumento das apreensões, o que não impediu a redução de 40% em todo o ano. Em novembro, o número chegou a 29,1 mil, o maior desde janeiro. 

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O estudo apontou que o total de famílias apreendidas passou de 1 mil, em abril, para 8 mil, em dezembro. O número de crianças desacompanhadas também cresceu, de 1 mil para 4 mil no mesmo período. “Isso é uma demonstração de que os fatores que estimulam a migração continuam presentes, em especial a violência em países da América Central”, afirmou Sarah Pierce, uma das autoras do estudo. 

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