Escritor e dramaturgo Gore Vidal morre aos 86 anos

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Por AE
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O escritor, dramaturgo, político e comentarista Gore Vidal, cujos romances, ensaios, peças de teatro e opiniões foram marcados por sabedoria e humor não convencionais, morreu na terça-feira aos 86 anos, informou seu sobrinho. Vidal morreu em sua casa em Hollywood Hills por volta das 18h45 de pneumonia, informou Burr Steers. O escritor vivia sozinho na casa e estava doente "há algum tempo", disse ele. Junto com outros escritores como Norman Mailer e Truman Capote, Vidal fez parte da última geração de escritores literários que eram verdadeiras celebridades, presentes em talk shows e colunas de fofoca. Eram pessoas tão conhecidas que mesmo aqueles que não tinham lido seus livros sabiam de quem se tratava. Seus trabalhos incluem centenas de ensaios, romances que foram best-sellers como "Lincoln" e "Myra Breckenridge"; o inovador "The City and the Pillar", que está entre os primeiros romances a mostrar personagens assumidamente gays e a peça "The Best Man", indicada para o Tony. Vidal gostava de beber e disse ter experimentado todo tipo de droga pelo menos uma vez. Ele nunca se casou e, durante décadas, compartilhou uma vila em Ravello, na Itália, com seu companheiro Howard Austen. Crítico do militarismo norte-americano, Vidal nasceu, ironicamente, na academia militar de West Point, em Nova York, e cresceu numa família envolvida em política. Seu avô, Thomas Pryor, foi senador por Oklahoma. Seu pai, Gene Vidal, trabalhou por um curto período no governo de Franklin Roosevelt e era especialista em aviação. Vidal era erudito, mas principalmente um autodidata. Aulas o aborreciam. Ele concluiu o ensino secundário na Phillips Exeter Academy, mas depois se alistou no Exército e nunca fez faculdade. Seu primeiro livro, o romance de guerra "Williwaw", foi escrito durante o serviço militar e publicado quando ele tinha apenas 20 anos. O autor deixa sua meia-irmã Nina Straight e o meio-irmão Tommy Auchincloss. As informações são da Associated Press.

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