MOREHEAD, KENTUCKY - Uma escriturária de Kentucky, nos Estados Unidos, se recusou nesta terça-feira, 1, a registrar casamentos entre pessoas do mesmo sexo em razão de suas crenças religiosas, mesmo após a decisão da Suprema Corte americana, que determinou há alguns meses a liberação do casamento homossexual no país.
Pouco depois que o escritório abriu, Kim Davis negou licenças para dois casais pela “autoridade de Deus”. Um assistente disse a April Miller e Karen Roberts, que entraram no escritório seguidas por dezenas de câmeras de televisão, que não iriam obter o registro.
David Moore e David Ermold, que tiveram a solicitação rejeitada pela quarta vez, exigiram falar com Kim. “Diga a ela para sair e enfrentar as pessoas que ela está discriminando”, gritou Ermold. A escriturária permaneceu em sua sala, com a porta e as persianas fechadas.
A Suprema Corte dos EUA se negou hoje a intervir no caso, deixando Kim sem motivos legais para recusar emitir os registros a casais homossexuais.
Na segunda-feira, a Corte rejeitou o pedido de Kim para uma ordem de emergência que permitiria a ela recusar as licenças a companheiros do mesmo sexo. Em julho, oito pessoas entraram com uma ação contra Kim.
O advogado de um dos casais, Joe Dunman, disse que o juiz David Bunning ordenou que a escriturária compareça ao tribunal de Ashland, em Kentucky, na quinta-feira.
No mês passado, o juiz disse que Kim teria que viver de acordo com suas responsabilidades de escriturária, independente de suas convicções religiosas /ASSOCIATED PRESS e REUTERS