EUA admitem erro ao não enviar autoridade de alto escalão a Paris

Em Washington, porta-voz da Casa Branca diz que governo americano deveria ter destacado "alguém de mais alto perfil"

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Por Redação
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Enquanto líderes mundiais caminhavam em Paris para protestar contra o terrorismo, muitos notaram a ausência de representantes de alto escalão dos Estados Unidos no último domingo. A Casa Branca admitiu depois que errou ao destacar a embaixadora americana como representante americana na manifestação contra o terror em Paris.

Em Washington, o porta-voz Josh Earnest disse que o governo dos EUA "deveria ter mandado alguém de mais alto perfil" à marcha republicana organizada pelo governo francês. O oficial mais graduado da administração Obama na passeata foi a embaixadora na França, Jane Hartley. Enquanto isso, o presidente Barack Obama passou o fim de semana na Casa Branca, o vice-presidente, Joe Biden, estava em sua cidade natal, Wilmington, no estado de Delaware, e o secretário de Estado, John Kerry, em uma viagem à Índia. O procurador-geral dos EUA, Eric Holder, estava em Paris para uma cúpula de segurança, mas não compareceu ao ato de domingo. A ausência de líderes de peso na marcha de Paris gerou críticas, como a do senador republicano Marco Rubio, para quem a decisão foi um erro. "Eric Holder estava em Paris, e talvez mesmo John Kerry pudesse ter ido", afirmou o republicano. "Havia uma grande lista de pessoas que eles poderiam ter enviado. Espero que, em retrospecto, eles tivessem feito diferente." A marcha de Paris teve a participação de cerca de 40 líderes globais, inclusive o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, e o presidente palestino, Mahmoud Abbas, a chanceler alemã, Angela Merkel, e o primeiro-ministro britânico, David Cameron. A Casa Branca ainda não explicou a ausência de autoridades de alto escalão na manifestação. Entretanto, Kerry anunciou nesta segunda-feira que irá à Paris nesta semana. Viagens presidenciais são combinadas com grande antecedência devido ao enorme aparato de segurança que precisa ser deslocado. Já o vice-presidente exige menos planejamento e pode se locomover mais rapidamente se necessário. / AP

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