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EUA incluem China em lista de países que não combatem o tráfico de pessoas

Relatório anual do Departamento de Estado americano apresentado nesta terça-feira diz que Pequim 'não cumpre adequadamente os padrões mínimos para a eliminação do tráfico de pessoas' e 'não faz esforços significativos' sobre o tema

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Por Redação
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WASHINGTON - O governo do presidente americano, Donald Trump, atacou a China por seu desempenho em matéria de direitos Humanos e incluiu o país asiático em sua lista de países que pouco fazem para combater o tráfico de pessoas.

Publicado nesta terça-feira, 27, o relatório anual do Departamento de Estado americano aponta o tratamento à minoria muçulmana uigur, alvo de trabalhos forçados, e o repatriamento forçado de refugiados norte-coreanos como agravantes contra Pequim.

Secretário de Estado americano, Rex Tillerson, apresenta relatório anual do país sobre o tráfico de pessoas no mundo nesta terça-feira, 27 Foto: EFE/Shawn Thew

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A diplomacia americana estima que o governo chinês "não fez esforços significativos" para remediar tais situações e "não consegue atingir os níveis mínimos de combate" ao tráfico de seres Humanos.

Na lista do relatório aparecem Venezuela, Belize, Rússia, Coreia do Norte, Irã e Síria, Bielo-Rússia, Burundi, República Centro-Africana, Comores, República Democrática do Congo, República do Congo, Guiné Equatorial, Eritreia, Guiné, Guiné-Bissau, Mali, Mauritânia, Sudão do Sul, Sudão, Turcomenistão e o Usbequistão.

Essa é a primeira queixa significativa sobre o histórico de direitos humanos da China por parte da administração Trump. Washington vinha evitando, até agora, fazer críticas a Pequim para conseguir avançar questões como as profundas disputas comerciais e o programa nuclear da Coreia do Norte.

"O tráfico de pessoas é um dos problemas de direitos Humanos mais trágicos do nosso tempo. Ele separa famílias, distorce os mercados globais, mina o Estado de Direito e incentiva outras atividades criminosas transnacionais", afirmou o secretário de Estado americano, Rex Tillerson, em comunicado.

"Ameaça a segurança pública e a segurança nacional, mas, o pior de tudo, é que este crime rouba a liberdade e a dignidade humana. É por isso que temos de acabar com o flagelo do tráfico de seres humanos", completou. 

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A inclusão na lista do relatório pode levar à imposição de sanções como o congelamento da ajuda não humanitária e não comercial ou o impedimento de receber empréstimos de instituições multilaterais se o presidente dos EUA, Donald Trump, assim decidir.

Na apresentação do relatório, também esteve presente a filha e assessora do presidente americano, Ivanka Trump, que definiu como uma de suas prioridades a luta contra o tráfico de pessoas e disse que o problema é "uma feia mancha na civilização" que ainda afeta "cerca 20 milhões de pessoas" no mundo todo. / AFP e EFE

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