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EUA: republicanos conseguem a maioria no Senado

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Por Redação
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Oito anos depois, o Partido Republicano volta a ter a maioria no Senado norte-americano. De acordo com projeções feitas por analistas que acompanham a apuração dos votos e com base em pesquisas de boca de urna, a mais provável nova composição da casa é de 52 membros republicanos e 48 democratas. A votação teve início na terça-feira e se encerrou às 4h desta quarta-feira, no horário de Brasília.Os americanos elegeram senadores em 36 dos 50 Estados. Os atuais ocupantes das cadeiras haviam sido eleitos em 2008, quando Barack Obama venceu a presidência e ajudou democratas a chegarem ao Senado em Estados que tradicionalmente votavam no Partido Republicano. Parte desses senadores buscou reeleição ontem em um cenário mais hostil a seu partido e ao presidente, que tem 40% de aprovação. Alguns dos que se aposentaram deixaram a seus correligionários a difícil tarefa de vencer republicanos em Estados conservadores.Para chegar à maioria mínima de 51, os republicanos precisavam vencer em pelo menos seis dos 10 Estados em que as disputas estavam mais acirradas, resultado que foi alcançado por volta das 3h, de acordo com as projeções. Até agora, o partido já soma sete vitórias: Virgínia Ocidental, Dakota do Sul, Arkansas, Montana, Colorado, Iowa e Carolina do Norte.Antes das urnas serem fechadas, Obama reconheceu as dificuldades de seu partido nas eleições e atribuiu as dificuldades a uma safra desfavorável de Estados nos quais as disputas ocorrem. "Nesse ciclo eleitoral, esse é provavelmente o pior grupo possível de Estados para os democratas desde Dwight Eisenhower", declarou Obama, em referência ao presidente que governou os EUA de 1953 a 1961.O provável controle do Senado pela oposição criará dificuldades para Obama preencher cargos do Executivo e do Judiciário que precisam de aprovação dos integrantes da Casa. Também dará à oposição o poder de criar CPIs para investigar o governo e convocar ministros e secretários para depor. A dúvida é se os republicanos usarão seu poder para continuar obstruindo a agenda legislativa de Obama ou se colaborarão com o presidente em áreas nas quais existem interesses coincidentes, como reforma tributária e autorização para o presidente negociar acordos comerciais com outros países. (Cláudia Trevisan, com informações da Dow Jones Newswires)

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