Europa pede investigações sobre mortes na Venezuela

Porta-voz de política externa da Comissão Europeia sugere que união dos venezuelanos pode 'reduzir a tensão e encontrar soluções democráticas' para a crise no país

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Por Jamil Chade , Correspondente e Genebra
Atualização:

GENEBRA - A União Europeia (UE) pede investigações em relação às mortes ocorridas durante os protestos na Venezuela, na quarta-feira. Bruxelas insiste que os responsáveis pela violência precisam responder pelos incidentes e pede que o diálogo volte a ser estabelecido.

"Pedimos a todos os venezuelanos que se unam para reduzir a tensão e encontrar soluções democráticas dentro do marco da Constituição", afirmou a porta-voz de política externa da Comissão Europeia. "Apenas um engajamento pacífico e construtivo pode parar a deterioração da situação na Venezuela e construir uma perspectiva melhor para seu povo."

Manifestante ferido durante protesto contra Maduro é carregado por colegas em Caracas Foto: Meridith Kohut/The New York Times

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Na quarta-feira, dezenas de milhares de pessoas foram às ruas de Caracas e de outras cidades do país para protestar contra o governo do presidente Nicolás Maduro. Em resposta, o chavismo organizou um ato em Caracas de apoio ao presidente. 

O líder chavista Diosdado Cabello informou que um membro da Guarda Nacional Bolivariana tinha sido morto em San Antonio de los Altos, periferia de Caracas, e atribuiu a culpa à oposição. Também na capital, um jovem de 17 anos identificado como Carlos José Moreno levou um tiro e morreu. Em Táchira, perto da fronteira com a Colômbia, uma mulher de 24 anos morreu após ser baleada.

"Pedimos uma investigação sobre essas mortes e atos de violência que ocorreram durante os protestos, e para que aqueles responsáveis sejam condenados", insistiu Bruxelas. "Os atos de violência durante os protestos são altamente lamentáveis. Estamos entristecidos pelas mortes de um homem e de uma mulher, e preocupados com os relatos de muitos feridos", apontou a porta-voz. Os europeus, em seu comunicado, não fizeram referências ao soldado morto. 

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