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Ex-candidato à presidência do Panamá é preso por suspeita de envolvimento com Odebrecht

José Domingo Arias deverá prestar esclarecimentos sobre acusações de entrega de dinheiro da construtora brasileira para sua campanha política

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Por Redação
Atualização:

PANAMÁ - José Domingo Arias, ex-candidato à presidência do Panamá pelo partido do ex-presidente Ricardo Martinelli, foi detido provisoriamente na terça-feira 29 para que preste esclarecimentos sobre a suposta entrega de dinheiro da construtora brasileira Odebrecht para sua campanha política, informou sua defesa.

Arias foi detido no Aeroporto Internacional de Tocumen quando tentava viajar sem ter notificado o Ministério Público, que o está investigando por supostamente receber dinheiro da Odebrecht para sua campanha política.

José Domingo Ariasfoi detido no Aeroporto Internacional de Tocumen quando tentava viajar sem ter notificado o Ministério Público Foto: REUTERS/Carlos Jasso

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Armando Guerra, advogado de Arias, disse a jornalistas que o ex-candidato foi levado à Promotoria Anticorrupção, que ordenou sua detenção provisória de 48 horas.

Ele explicou que "é uma ordem de prisão provisória e não um mandado de prisão preventiva". "É um mandado provisório de prisão na pendência da determinação da situação jurídica" do seu cliente, acrescentou Guerra. Ele destacou que o Ministério Público consultará nesta quarta-feira, 30, no Tribunal Eleitoral a existência de "um possível privilégio eleitoral" de Arias.

Em junho, após seu primeiro depoimento, José Domingo Arias, ex-candidato do partido Mudança Democrática (CD) de Martinelli, negou ter recebido dinheiro da Odebrecht para apoiar sua campanha política nas eleições gerais de 2014. "Não, não recebemos dinheiro da Odebrecht" para a campanha, disse aos jornalistas após um longo depoimento na Promotoria Anticorrupção.

Ele destacou desta vez que "a verdade é a verdade" e esclareceu que sempre teve "a responsabilidade total de sua campanha". Arias acrescentou que não recebeu nenhuma medida cautelar e irá todas vezes que for preciso à Promotoria com "as provas que são necessárias para verificar a transparência" da sua campanha presidencial. / EFE

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