NOVA YORK - Anthony Weiner, ex-congressista americano e ex-marido de uma das colaboradoras mais próximas de Hillary Clinton, foi condenado nesta segunda-feira, 25, a 21 meses de prisão por enviar imagens com conteúdo sexual a uma adolescente.
Em maio, Weiner, de 53 anos, se declarou culpado de enviar fotografias explícitas e outras mensagens a uma estudante de ensino médio de 15 anos, em 2016, quando sua mulher trabalhava na campanha de Hillary à presidência.
"É um crime sério que merece uma punição séria", disse a juíza de distrito Denise Cote ao ditar a sentença, segundo um comunicado da procuradoria.
O procurador de Manhattan Joon Kim assegurou que Weiner "pediu a uma menina, que ele sabia que tinha 15 anos, que mostrasse seu corpo nu on-line e se engajasse em um comportamento sexualmente explícito para ele".
"A justiça requer que esse tipo de conduta seja perseguida e punida com penas de prisão. Hoje, Anthony Weiner recebeu uma sentença justa que era apropriada para o seu crime", assegurou Kim.
Weiner, que chegou a ser um talento em ascensão no Partido Democrata e candidato a prefeito de Nova York, é separado de Huma Abedin, assessora sênior de Hillary durante sua campanha à Casa Branca, no ano passado.
Weiner foi forçado a renunciar a seu assento no Congresso em 2011, após um escândalo similar em que admitiu ter trocado conteúdo explicitamente sexual com ao menos seis mulheres - ele acabou perdoado e recebeu o apoio da sua mulher.
No fim do ano passado, ele também esteve envolvido no escândalo dos e-mails de Hillary. Em outubro, o então diretor do FBI James Comey anunciou que reabriria uma investigação contra a democrata poucos dias antes das eleições, alegando que Huma teria enviado "centenas e milhares" de e-mails para o computador de Weiner, de quando Hillary era secretária de Estado.
Hillary alega que o episódio pode ter contribuído para sua derrota. Em seu depoimento ao Congresso este ano, após ser demitido pelo presidente Donald Trump, Comey afirmou que foram "poucos e-mails" encaminhados e sentia "náuseas" ao pensar que possa ter influenciado as eleições ao anunciar que reabriria a investigação./ AFP