Ex-guarda de campo de extermínio de Auschwitz é acusado de cumplicidade de assassinato
Homem de 94 anos serviu no local em 1942 e 1943; ele alega que não tinha conhecimento das etapas e do desenvolvimento dos crimes
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Por Redação
Atualização:
BERLIM - Um ex-guarda SS do campo de extermínio de Auschwitz foi acusado de cumplicidade de assassinato, anunciou o Ministério Público da Alemanha nesta segunda-feira, 16, abrindo caminho para o julgamento do homem de 94 anos.
Após décadas de inércia, a Justiça alemã iniciou uma corrida contra o tempo para condenar os ex-nazistas ainda vivos e que tiveram algum papel, inclusive subalterno, nos crimes da Alemanha nazista.
O acusado, que não foi identificado, serviu em 1942 e 1943 em Auschwitz-Birkenau, período durante o qual cerca de 15 trens de deportados chegaram ao local. Ao menos 13.335 das vítimas destas transferências foram enviadas às câmaras de gás logo que chegaram, segundo o comunicado da Promotoria de Stuttgart.
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O homem afirma que não tinha conhecimento das etapas e do desenvolvimento dos crimes. Na época, ele tinha 19 anos e era considerado menor de idade. O acusado comparecerá ao tribunal de menores de Mannheim, mas ainda não foi estabelecida uma data.
Entre 1940 e 1945, quase 1,1 milhão de pessoas, sendo 90% judeus, morreram no campo de Auschwitz-Birkenau. A Alemanha julgou e condenou nos últimos anos vários ex-membros das SS por cumplicidade de assassinato, mas até agora nenhum deles foi para a prisão.
Oskar Gröning, conhecido como "o contador de Auschwitz", morreu em março aos 96 anos, pouco antes de sua prisão. Em 2015, ele foi condenado a quatro anos de prisão por cumplicidade na morte de 300 mil judeus. / AFP
Papa Francisco visita campo de concentração nazista de Auschwitz
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Mais de meio milhão de pessoas foram assassinadas no local visitado pelo papa Foto: EFE/Daniel Dal Zennaro