Ex-presidentes ressaltam legitimidade do plebiscito convocado por oposição venezuelana

No domingo, mais de 7 milhões de cidadãos da Venezuela rejeitaram a realização da Assembleia Constituinte convocada por Nicolás Maduro

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MIAMI, EUA - Ex-presidentes da América Latina e da Espanha ressaltaram na terça-feira 18 a "legitimidade democrática e constitucional" do plebiscito convocado pela oposição venezuelana no domingo, do qual participaram 7,5 milhões de pessoas, que rejeitaram a realização de uma Assembleia Nacional Constituinte no país.

Reunidos na Iniciativa Democrática da Espanha e Américas (Idea), 35 ex-líderes da região, entre eles o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, consideraram que o plebiscito foi um pedido por liberdade na Venezuela, afirmou o diretor do órgão, Asdrúbal Aguiar.

Oposição venezuelana realizou no domingo uma consulta popular que contou com a participação de 7,5 milhões de cidadãos Foto: Miguel Gutiérrez / EFE

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"O plebiscito mostra não só uma clara e contundente rejeição à decisão do regime de Nicolás Maduro de avançar para uma Constituinte ditatorial, mas também e sobretudo, revela a firme decisão do povo venezuelano de sustentar a todo custo sua luta pela liberdade", indicou a Idea em comunicado.

A oposição venezuelana realizou no domingo uma consulta popular na qual mais de 7 milhões de pessoas rejeitaram a convocação da Constituinte por Maduro. 

Os ex-presidentes Laura Chinchilla e Miguel Ángel Rodríguez, da Costa Rica; Vicente Fox, do México; Andrés Pastrana, da Colômbia; e Jorge Quiroga, da Bolívia, participaram de uma missão de observação do plebiscito convocado pela Assembleia Nacional, de maioria opositora. Os cinco ex-presidentes, que pertencem à Idea, foram declarados "personas non gratas "pelo governo da Venezuela

Segundo Aguiar, eles enviaram ao papa Francisco suas impressões sobre a consulta popular e outras recomendações, o que também será feito para o secretário-geral da Organização de Estados Americanos (OEA), Luis Almagro.

A oposição anunciou na segunda-feira que buscará um governo de transição e convocou uma greve geral para quinta-feira com o objetivo de elevar a pressão contra a Constituinte de Maduro. / EFE

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