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Ex-ministro do governo de Mubarak é julgado no Egito

Habib el-Adly era o titular da pasta do Interior e é acusado de lavagem de dinheiro e apropriação de verbas públicas

Atualização:

O ex-ministro do Interior do Egito, Habib el-Adly, foi a julgamento neste sábado, 5, na capital do país, Cairo, por acusações de lavagem de dinheiro e apropriação de verbas públicas. Adly foi preso em meados de fevereiro, dias após a renúncia do presidente Hosni Mubarak, que foi derrubado por uma onda de protestos de rua. Ele nega as acusações de corrupção.O ex-ministro também é acusado de ter ordenado que as forças de segurança egípcias atirassem contra os manifestantes na praça Tahrir, o principal foco dos protestos contra Mubarak. Adly foi preso juntamente com outros ministros do alto escalão do regime de Mubarak, em meio a uma ampla investigação sobre corrupção na antiga gestão do país. O ex-titular da pasta do Interior compareceu ao tribunal vestido em roupas brancas, típicas de presidiários egípcios. A próxima audiência fo marcada para o dia 2 de abril, porque a defesa do antigo ministro pediu mais tempo para analisar os autos do processo. A segurança no tribunal em que o julgamento foi realizado, no subúrbio do Cairo, foi reforçada, com tanques posicionados na entrada do local. Dezenas de pessoas se reuniram na porta do tribunal pedindo a pena de morte para Adly. Um grupo de manifestantes gritava: ''O povo quer a execução do assassino''. Enquanto outros exibiam cartazes com ilustrações em que o ex-ministro era visto com uma forca em volta do pescoço. Protestos O Exército egípcio assumiu o controle da sede da polícia secreta do país na Alexandria, após o local ter sido atacado por manifestantes na sexta-feira à noite. A agência de notícias estatal afirmou que os soldados tinham retirado do local tanto os policiais como os manifestantes, que invadiram o prédio. A dissolução da polícia secreta, conhecida no Egito como Polícia de Segurança do Estado, tem sido uma das principais reivindicações dos movimentos de protesto no país. Os manifestantes decidiram atacar o QG da polícia secreta após terem sido divulgadas informações de que policiais estariam destruindo documentos. BBC Brasil - Todos os direitos reservados. É proibido todo tipo de reprodução sem autorização por escrito da BBC.

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