Ex-ministro venezuelano é preso por 'complô para dividir militares'
Miguel Rodríguez Torres, chavista histórico, foi ministro do Interior de Maduro, mas rompeu com o presidente
PUBLICIDADE
Por Redação
Atualização:
CARACAS - Miguel Rodríguez Torres, ex-ministro do Interior do presidente venezuelano, Nicolás Maduro, foi detido nesta terça-feira por liderar um complô para dividir a Força Armada, informou o governo.
"Era procurado pela Justiça por envolvimento em ações contra a paz (...). Participava de complôs com a intenção de atentar contra a unidade monolítica da nossa Força Armada".
PUBLICIDADE
Segundo o governo, Rodríguez Torres - general da reserva e chefe de inteligência de presidente Hugo Chávez, morto em 2013 - planejava "ações criminosas" que incluíam "atos armados e contra a Constituição". Segundo o texto, "ele será colocado à disposição da Justiça".
O Movimento Amplo Desafio de Todos (MADDT), fundado por Rodríguez Torres, qualificou a detenção de "arbitrária".
Assessores de imprensa do general, de 54 anos, confirmaram à AFP que ele foi detido por funcionários do serviço de inteligência (Sebin) em um hotel de Caracas, onde participava de um evento pelo Dia das Mulheres.
"Foi levado sem mandado judicial, é uma detenção arbitrária", disse um colaborador doex-ministro, que pediu para não ser identificado.
Vídeos publicados nas redes sociais mostram o momento em que agentes do Sebin retiram Rodríguez Torres do hotel, onde participava de um ato político. O general é colocado em uma caminhonete branca e seu destino é ignorado.
Publicidade
César Mogollón, integrante do MADTT, disse à imprensa que os agentes do Sebin estavam "fortementearmados".
"O caráter ditatorial deste governo está se materializando aceleradamente", escreveu no Twitter Sergio Sánchez, também membro do MADDT.
Rodríguez Torres se tornou um ativo representante do chavismo dissidente e Maduro o acusava de planejar um golpe com a "direita" para derrubar o governo.
Chavista histórico, o militar participou da tentativa de golpe liderada por Chávez no dia 4 de fevereiro de 1992 contra o presidente Carlos Andrés Pérez. / AFP
A vida dos venezuelanos em Roraima
1 / 13A vida dos venezuelanos em Roraima
Venezuelanos em Roraima
Brian Sanches e Romeliase conheceram no ginasio Ginasio Poliesportivo Pintolândia, onde estãoabrigados os imigrantes venezuelanos em Boa Vista Foto: GABRIELA BILÓ / ESTADAO
Venezuelanos em Roraima
Grupos organizados de índios imigrantes venezualanos vivem atrás derodoviaria, em situaçãode rua Foto: Gabriela Biló/Estadão
Venezuelanos em Roraima
Índios waraoestão abrigados no Ginásio Poliesportivo Pintolândia, em Boa Vista Foto: Gabriela Biló/Estadão
Venezuelanos em Roraima
No ginásio, os índios warao recebem abrigo e alimentação Foto: Gabriela Biló/Estadão
Venezuelanos em Roraima
Centenas de warao perambulam pela região do lado venezuelano e nos últimos meses passaram a solo brasileiro Foto: Gabriela Biló/Estadão
Venezuelanos em Roraima
A crise de refugiados se agrava desde o ano passado, quando os indígenas começaram a chegar à fronteira reclamando da falta de alimentos que recebiam ... Foto: Gabriela Biló/Estadão Mais
Venezuelanos em Roraima
Criança da etnia warao brinca perto de ginásio em Boa Vista Foto: Gabriela Biló/Estadão
Venezuelanos em Roraima
De acordo com a Superintendência da Polícia Federal em Roraima, somente neste ano, entre janeiro e 30 de maio, já entraram no País por Pacaraima cerca... Foto: Gabriela Biló/Estadão Mais
Venezuelanos em Roraima
Muitos dos imigrantes venezuelanos vivem em baixo de estrutura de palco, em area onde futuramente pode ser construído um abrigo provisório Foto: Gabriela Biló/Estadão
Venezuelanos em Roraima
Não somente os indígenas estão cruzando a fronteira em busca de ajuda. Há também os não indígenas, chamados pelos warao de “criollos” Foto: Gabriela Biló/Estadão
Venezuelanos em Roraima
Soldados abrem barraca que seráusada em campo de refugiados imigrantes venezuelanos Foto: Gabriela Biló/Estadão
Venezuelanos em Roraima
O poliesportivo dá abrigo a quase 300 venezuelanos, a maioria da etnia warao, 80 dos quais são crianças Foto: Gabriela Biló/Estadão
Venezuelanos em Roraima
A média diária de atendimentos na fronteira, de acordo com os dados da PF, está em cerca de 100 casos de solicitação de entrada Foto: Gabriela Biló/Estadão