JERUSALÉM - O governo israelense realizará o maior funeral de Estado de sua história para a despedida do líder Shimon Peres. Sob um forte aparato de segurança, Israel receberá na sexta-feira, 30, líderes mundiais que prestarão sua homenagem ao Nobel da Paz, morto na noite de terça-feira. Entre os presidentes aguardados estão os de EUA, Barack Obama, e França, François Hollande.
Os serviços de segurança de Israel preparavam hoje o esquema para garantir o deslocamento de dezenas de líderes e a aterrissagem e decolagem em poucas horas de mais de 120 aviões. Trata-se de uma quantidade superior à do funeral do primeiro-ministro Yitzhak Rabin, assassinado em 1995 por um extremista judeu.
Uma reportagem do jornal Haaretz explicou que se trata do maior e mais complexo funeral de Estado que Israel já realizou. A grande operação envolve polícia, guarda de fronteira, as Forças de Defesa de Israel, o serviço secreto Shin Bet, diversos ministérios, entre outros.
Os restos mortais de Peres serão levados e colocados na esplanada em frente ao Parlamento de Israel (Knesset) para uma cerimônia oficial na primeira hora desta quinta-feira.
O primeiro-ministro israelense, Binyamin Netanyahu, liderou nesta quarta-feira uma sessão especial à frente do Conselho de Ministros, com um minuto de silêncio em memória de Peres.
Às 9 horas locais (3 horas de Brasília) de amanhã, o Parlamento será aberto ao público para que a população se despeça do ex-presidente, que morreu aos 93 anos após permanecer duas semanas internado em razão de um derrame cerebral. As bandeiras do Parlamento e de todas as instituições oficiais israelenses foram hasteadas a meio mastro.
O corpo do ex-presidente será enterrado na sexta-feira no local onde repousam os “Grandes da Nação” no Monte Herzl, em Jerusalém, à esquerda do líder nacionalista Yitzhak Shamir e à direita do primeiro-ministro Rabin. O funeral começará às 9h30 locais com uma cerimônia nesse que é o maior cemitério militar de Israel. Também estão enterrados ali Theodor Herzl, pai do sionismo e visionário do Estado judeu, e o ex-prefeito de Jerusalém, Tedy Kollek. / EFE e AFP