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Exames mostram que adolescente palestino foi queimado vivo

Protestos e confrontos entre israelenses e palestinos continuam

Atualização:

RAMALLAH, CIRJORDÂNIA - Violentos protestos causados pelo sequestro e morte do adolescente palestino Mohamed Abu Khder se espalharam por Israel neste sábado, 5, em um novo desafio ao governo do premiê israelense, Binyamin Netanyahu.

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O promotor-geral palestino Mohammed Aluweiwi afirmou que o adolescente foi queimado vivo. "A causa direta da morte foi queimaduras", disse no final da sexta-feira 4 , segundo a agência palestina de notícias Wafa. Abu Khder também apresentava um ferimento na cabeça, mas que não teria sido suficiente para causar sua morte, acrescentou Aluweiwi.

As tensões entre israelenses e palestinos têm aumentado desde que três adolescentes israelenses foram sequestrados em 12 de junho. Os corpos de Eyal Yifrach, de 19 anos, Gilad Shaar, de 16, e Naftali Fraenkel, de 16 - que também tinha cidadania americana -, foram encontrados ao norte de Halhul, perto de Hebron.

Após o episódio, Abu Khder, 16, foi raptado em seu bairro e o corpo dele foi encontrado horas depois.

Saber Al-Aloul, diretor do instituto forense palestino, participou da autópsia do adolescente e, segundo Aluweiwi, afirmou que fuligem foi encontrada no canal respiratório de Au Khder, o que significa que "o menino inalou o material quando estava queimando vivo". As queimaduras cobriram 90% do corpo do rapaz.

Durante o funeral de Abu Khder na sexta-feira, palestinos revoltados pediam um novo levante contra Israel. Pedras foram atiradas contra a polícia, que respondeu com bombas de gás, granadas atordoantes, balas de borracha em uma das mais violentas manifestações ocorridas em Jerusalém em anos.

Pelo menos um palestino ficou ferido nos confrontos na cidade de Nablus durante a noite, afirmaram autoridades médicas.

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As tensões persistiam neste sábado ao longo da fronteira com a Faixa de Gaza, onde aviões de guerra de Israel bombardearam três alvos do movimento Hamas em resposta a morteiros e foguetes disparados contra Israel. / REUTERS

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