Execução covarde não tem a ver com o Islã, diz rei da Jordânia

Piloto jordaniano foi queimado vivo pelo Estado Islâmico; Abdullah II antecipou retorno de viagem aos EUA e falou à nação

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AMÃ - O rei da Jordânia, Abdullah II, disse ontem que o assassinato do piloto Moaz al- Kasasbeh pelo Estado Islâmico é um ato covarde de terrorismo de um grupo pervertido que não tem relação com o Islã.

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“Esse é um ato terrorista covarde cometido por um grupo criminoso que nada tem a ver com o Islã”, disse o rei em breve pronunciamento. “É dever de todos os cidadãos permanecerem unidos.”

Após a declaração, Abdullah retomou a visita e se reuniu com o presidente americano, Barack Obama. Nem o líder e nem o rei jordaniano responderam diretamente aos jornalistas sobre o teor da conversa.

O monarca interrompeu uma visita que fazia aos Estados Unidos ao saber da execução do piloto, membro de uma das mais influentes tribos da Jordânia. Em Washington, ele discutiu a execução com o vice-presidente Joe Biden e o secretário de Estado John Kerry.

Biden reforçou o apoio dos EUA à Jordânia e a importância de sua participação na coalizão internacional que combate a expansão dos grupos extremistas islâmicos no norte da Síria e do Iraque. O vice-presidente ofereceu condolências à família do piloto assassinado.

Abdullah se reuniu também com integrantes da Comissão das Relações Exteriores do Senado americano. O presidente do painel, senador Bob Corker, ofereceu condolências ao rei no começo da reunião.

Mais cedo, o governo da Jordânia anunciou que o vídeo datava do mês passado e prometeu executar ainda hoje a terrorista Sajida al-Hishawi. O EI havia pedido para trocá-la pelo piloto. Sem provas de que ele estava vivo, a Jordânia não aceitou a proposta. / AP e REUTERS 

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Imagem reproduzida de vídeo do Estado Islâmico que mostra a execução do jordaniano Moaz Al-Kasasbeh Foto: Reprodução
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