Executivos de mais de 100 empresas de tecnologia alertam para uso de ‘robôs assassinos’

Signatários da carta enviada à Convenção sobre Armas das Nações Unidas imploraram para que os líderes da ONU trabalhem a fim de prevenir uma ‘corrida armamentista’

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SAN FRANCISCO, EUA - Um grupo de executivos de mais de 100 empresas de robótica ou especializadas em inteligência artificial, entre eles o milionário Elon Musk, escreveu uma carta aberta às Nações Unidas para alertar sobre os perigos das armas autônomas, conhecidas como “robôs assassinos”.

As “armas defensivas (destinadas a matar) autônomas (...) provocaram conflitos armados em uma escala jamais vista e a velocidades difíceis de conceber pelos humanos”, diz a carta aberta à Convenção sobre Armas das Nações Unidas.

Os executivos das empresas de robóticaimploraram aos líderes da ONU para que trabalhem visandoprevenir uma “corrida armamentista” e “evitar os efeitos desestabilizadores” das tecnologias emergentes Foto: REUTERS/Stringer

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Entre os que assinaram a lista estão signatários de cerca de 30 países - incluindo China, Israel, Rússia, Reino Unido, Coreia do Sul e França - e Elon Musk, presidente da Tesla, fabricante de veículos elétricos e parcialmente autônomos, e da companhia espacial SpaceX; e Mustafa Suleyman, da companhia britânica DeepMind, especializada em inteligência artificial.

“Como empresas que aprimoram as tecnologias de inteligência artificial e de robótica, que podem ser desviadas para desenvolver armas autônomas, nos sentimos particularmente responsáveis por dar o sinal de alerta”, afirmaram os executivos na carta.

Eles imploraram aos líderes da ONU para que trabalhem a fim de prevenir uma “corrida armamentista” e “evitar os efeitos desestabilizadores” das tecnologias emergentes. “Podem ser máquinas assustadoras, armas que ditadores e terroristas utilizam contra povos inocentes, e armas pirateadas para fins mortais”, alertam.

O comunicado foi divulgado pelo Instituto Futuro da Vida, organização sem fins lucrativos com sede nos EUA, que se dedica a alertar sobre os possíveis danos causados pela tecnologia. / AFP e THE WASHINGTON POST

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