BOGOTÁ - O Exército da Colômbia está em “alerta máximo” pela possibilidade de ataques do Exército de Libertação Nacional" (ELN), que atacou o principal oleoduto do país e uma base militar, informou o comandante da corporação, o general Alberto Mejía Ferrero.
"No momento, estamos desenvolvendo operações militares para enfrentar estes ataques do Exército de Libertação Nacional. Estamos em alerto máximo", garantiu o militar.
Segundo o general Mejía Ferrero, neste momento o objetivo é conseguir que as ações da corporação neutralizem qualquer ataque do grupo.
O comandante do Exército afirmou que o ELN aumenta as ações neste mês para "comemorar" os aniversários de morte de líderes "históricos", como o padre Manuel Pérez, que liderou o grupo, e Camilo Torres, conhecido como "o padre guerrilheiro”. O primeiro morreu em 14 de fevereiro de 1998 e o segundo em 15 de fevereiro de 1966.
Ferrero garantiu que as tropas concentraram as operações em "cinco áreas estratégicas onde atua o ELN", que são a região do "ABC", formada pelos departamentos de Arauca, Boyacá e Casanare, além de Norte de Santander, sul de Bolívar, nordeste de Antioquia e o departamento de Chocó.
O Exército da Colômbia confirmou que na noite de segunda-feira foram realizados dois atentados contra o oleoduto Caño Limón-Coveñas, que tem extensão de 774 km e atravessa 33 cidades do país. O ataque aconteceu no departamento de Arauca.
"As nossas tropas já estão ali, os pontos estão protegidos e vamos garantir a segurança e a reparação rápida deste oleoduto", afirmou o general.
Segundo fontes da empresa petrolífera estatal Ecopetrol, o atentado aconteceu em dois locais diferentes, nas cidades de Arauquita e Cubará. Em razão disso, o bombeamento está paralisado.
Na segunda-feira também foram lançados explosivos contra uma brigada do Exército em Arauca, capital do departamento homônimo. A ação não deixou nenhum ferido, mas provocou danos materiais.
Há dois anos o governo mantém encontros com o ELN para iniciar uma negociação de paz semelhante a que está sendo buscada há mais de três anos com Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc). /EFE