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Exército da Rússia divulga imagens de novas destruições de Palmyra provocadas pelo EI

Vídeos feitos por drones mostram ruínas do Tetrápilo, monumento de 16 colunas erguido no fim do século III, e do antigo teatro romano

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Por Redação
Atualização:

MOSCOU - O Exército russo divulgou nesta segunda-feira, 13, imagens de novas destruições provocadas pelo grupo jihadista Estado Islâmico (EI) na cidade síria de Palmyra, reconquistada em dezembro pelos extremistas.

Os vídeos, feitos por drones, mostram Palmyra no dia 6 de junho, quando a cidade estava sob controle sírio, e no dia 5 de fevereiro, quando o EI retomou seu controle. É possível ver novas destruições do Tetrápilo, um monumento de 16 colunas erguido no fim do século III, assim como do interior do teatro romano, que data do século II.

À esq., Tetrápilo, um monumento de 16 colunas erguido no fim do século III, no dia 6 de junho de 2016, quando a cidade estava sob controle sírio. À dir., mesmo local no dia 5 de fevereiro de 2017, quando o EI retomou seu controle Foto: AP

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"Estas imagens mostram claramente que os terroristas destruíram o proscênio, a parte central do antigo teatro romano, e as colunas do Tetrápilo", disse o ministério da Defesa russo em um comunicado.

Essas destruições foram citadas em janeiro pela Unesco, que denunciou "um crime de guerra e uma imensa perda para o povo sírio e a humanidade".

O Exército russo também anunciou a detecção de uma "intensificação de movimentos de caminhões de terroristas ao redor de Palmyra", prevendo novas devastações.

Deposto em março de 2016 pelo Exército sírio, apoiado pela Rússia, o EI surpreendeu ao tomar novamente em dezembro o controle de Palmyra, cidade de mais de 2 mil anos, que foi um dos centros culturais mais importantes do mundo antigo, qualificada pela Unesco como Patrimônio Mundial da Humanidade.

À esq.,teatro romano,que data do século II, no dia6 de junho de 2016. À dir., mesmo local no dia 5 de fevereiro de 2017 Foto: AP

O EI tomou o controle de Palmyra em maio de 2015, provocando enormes danos aos que sobrou da cidade em nome de sua visão do Islã, que considera as estátuas humanas ou animais como idolatria. As destruições provocaram a indignação da comunidade internacional.

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Durante sua primeira ocupação de Palmyra, de maio de 2015 a março de 2016, o EI usou principalmente o teatro romano para realizar execuções públicas. / AFP

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