Exército derruba casa de palestino acusado de matar policial de Israel

Porta-voz militar afirmou que demolição foi maneira de advertir 'terroristas' de que suas ações têm consequências

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JERUSALÉM - O Exército de Israel informou ter demolido nesta quarta-feria, 2, a casa do palestino Ziad Awad, preso este mês acusado pela morte de um policial israelense à paisana em abril.

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Um porta-voz do Exército, o tenente-coronel Peter Lerner, disse que a demolição tinha por objetivo servir como fator de dissuasão. "A ordem de demolição serve para dissuadir e transmite uma severa advertência aos terroristas e seus cúmplices de que suas ações terão graves consequências."

Na segunda-feira, a mais alta corte de Israel rejeitou o apelo de um grupo israelense pró-direitos humanos contra a decisão do Exército de demolir a casa no vilarejo de Idhna, perto da cidade de Hebron, no sul da Cisjordânia.

Há décadas o Exército de Israel explode ou demole casas de militantes, mas interrompeu a prática em 2005, dizendo ser contraproducente em seus esforços para desencorajar ataques.

"Eles chegaram às 3 horas da manhã e acabaram de destruir a casa às 7 horas. Eu pensei que fossem só derrubar a casa do meu irmão, mas agora tudo se foi e nós também não temos para onde ir", disse um irmão de Ziad, Mohammed, que vive na mesma pequena construção que abrigava outros 15 membros de toda a família.

O HaMoked Centre, grupo israelense pró-direitos humanos, afirmou que a sentença viola a lei de Israel e a lei internacional, segundo as quais "uma pessoa não pode ser punida pelos atos de outra". "As maiores vítimas são os ocupantes da casa demolida e não o suposto responsável", argumentou. / REUTERS

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