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Explosão no Paquistão deixa ao menos 22 mortos

Grupo ligado ao Taleban reivindica autoria do atentado, realizado contra um prédio do governo em Mardan

Atualização:

ISLAMABAD - Um ataque suicida contra um escritório do governo no Paquistão deixou ontem pelo menos 22 pessoas mortas e mais de 40 feridas, disseram autoridades locais.

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O atentado ocorreu por volta do meio-dia (horário local), quando um homem-bomba em uma motocicleta dirigiu em direção à entrada do prédio na cidade de Mardan, em uma região tribal no noroeste do país. 

Uma facção do Taleban paquistanês assumiu a responsabilidade pelo ataque, realizado contra uma agência da Autoridade de Banco de Dados e Registro Nacional (Nadra) – órgão oficial emissor de documentos.

“Um homem-bomba em uma motocicleta carregada de explosivos atingiu o escritório em Mardan, onde um grande número de pessoas estava de pé em filas”, afirmou o policial Naeem Khan à agência Reuters.

Um funcionário da Nadra, Mohammad Tariq, estava dentro da agência quando ouviu uma forte explosão do lado de fora do local.

“Nós ainda estamos dentro do escritório e os trabalhadores de resgate e a polícia estão fazendo seu trabalho”, contou ele, durante as operações em busca de sobreviventes.

O porta-voz do chefe da polícia provincial, Fazal Khan, detalhou que o edifício ficou “parcialmente danificado” com a violência da explosão, que ocorreu durante o horário do rush. “Um grande número de pessoas estava ali no momento da explosão, pois as pessoas vão diariamente recolher ou solicitar suas carteiras de identidade digitais”, afirmou Khan. 

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A motocicleta levava uma carga calculada entre 10 e 12 quilos de explosivos, disse à agência EFE um oficial da polícia de Mardan, Saeed Wazir, que acrescentou que o motorista aparentava ter cerca de 20 anos de idade e vestia um cinto carregado de explosivos. 

O primeiro-ministro paquistanês, Nawaz Sharif, condenou o ataque, expressou sua “profunda aflição” pela perda de vidas inocentes e ofereceu suas “preces para que essas almas alcancem a paz eterna”.

Combate. O grupo Jamaat-ul-Ahrar, uma facção do Taleban paquistanês que luta para derrubar o governo e estabelecer um regime islâmico extremista, assumiu a autoria do ataque e afirmou que “todos os departamentos” da administração paquistanesa estão entre seus alvos.

O Paquistão sofreu este ano várias ações contra minorias, mas o número total de ataques insurgentes caiu com a implementação de um plano nacional antiterrorismo.

Entre as medidas adotadas após um ataque em dezembro de 2014 que matou 125 crianças em uma escola de Peshawar está a intensificação da ofensiva que o Exército havia iniciado meses antes nas áreas tribais do país. Os combates causaram as mortes de pelo menos 3.400 insurgentes e 488 militares. / EFE e REUTERS

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