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Explosões em bairro sírio matam ao menos 16 pessoas e deixam cerca de 100 feridos

Carro-bomba explodiu perto de hospital no leste de Homs, na última área ainda controlada por insurgentes

Atualização:

BEIRUTE - Duas explosões em um bairro controlado pelo governo na cidade síria de Homs mataram pelo menos 16 pessoas e deixaram cerca de 100 feridos neste sábado, 12, informou um grupo que monitora a guerra no país.

O ataque aconteceu alguns dias após mais de 700 combatentes de facções armadas e civis abandonarem o distrito de Waer, última área de Homs ainda nas mãos dos insurgentes, após um acordo com as autoridades. Os milicianos que foram retirados do local rejeitam o cessar-fogo no distrito, onde o governador de Homs, Talal al Barazi, calcula que ainda permaneçam 1.000 homens armados que aceitam o acordo e que "regularizarão" sua situação nas próximas semanas.

Moradores da região observam cena onde carro-bomba explodiu Foto: EFE

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Um carro-bomba explodiu perto de um hospital na vizinhança predominantemente alauita de Al-Zahra, no leste de Homs, afirmou o Observatório Sírio de Direitos Humanos.

A segunda grande detonação, que a princípio acreditava-se ser uma bomba, parece ter vindo de um cilindro de gás explosivo e feriu pessoas que foram cuidar das vítimas da primeira explosão na vizinhança densamente povoada, declarou a imprensa local.

Anteriormente, a emissora de TV estatal havia descrito o ataque como "duas grandes explosões de terroristas". A agência de notícias Sana informou que o carro-bomba continha 150 kg de explosivos, e publicou uma foto de dois homens retirando uma mulher de destroços em chamas.

Imagens da TV estatal mostraram um cenário caótico, com nuvens de fumaça negra se erguendo sobre escombros metálicos retorcidos. Pessoas percorriam os destroços aos tropeços tentando remover as vítimas do local. 

Em comunicado, o governo sírio condenou o atentado em Homs e afirmou que este "ataque terrorista covarde é em represália às reconciliações locais que estão acontecendo na província", em referência ao pacto firmado.

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"Tais atos terroristas não intimidarão os sírios nem lhes farão sair do caminho da reconciliação. Pelo contrário, aumentarão sua determinação para continuar na luta contra o terrorismo e consolidar a união nacional", segundo a nota.

A Síria é há mais de quatro anos palco de um conflito que causou mais de 250 mil mortes, de acordo com o Observatório. /REUTERS e EFE

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