PUBLICIDADE

Família de jovem negro morto por policial nos EUA receberá US$ 6,5 milhões

Acordo de indenização por parte da prefeitura foi considerado ‘histórico’ por advogado dos parentes de Walter Scott

Atualização:
Parentes de Walter Scott participam de audiência sobre o policial que matou Walter Scott Foto: Randall Hill/Reuters

WASHINGTON - A família de Walter Scott, americano negro morto em abril por um policial branco, receberá US$ 6,5 milhões (R$ 25 milhões) após chegar a um acordo com a prefeitura da cidade de North Charleston, na Carolina do Sul.

PUBLICIDADE

O advogado da família de Scott, Chris Stewart, informou na quinta-feira 8 sobre o acordo, que rotulou de "histórico", e disse que servirá como "precedente para que as cidades não tolerem esse tipo de comportamento por parte dos policiais".

O acordo foi feito de maneira extrajudicial para evitar um julgamento, mas um processo contra o policial Michael Slager, acusado de matar Scott, está em andamento. Ele está detido e pode enfrentar uma pena de até 30 anos de prisão sem possibilidade de revisão caso seja considerado culpado.

No dia 4 de abril, Slager, de 33 anos, atirou várias vezes nas costas de Scott, de 50 anos, detido por estar com uma lanterna de freio quebrada em seu carro e fugir por um terreno baldio, cena que foi gravada em vídeo por um pedestre.

No vídeo é possível ver que o policial dispara pelo menos cinco vezes contra Scott pelas costas enquanto corre. Após Scott cair no chão, o policial ordena que ele ponha os braços por trás das costas e o algema.

Depois do caso, Slager foi exonerado da polícia de North Charleston e está detido desde 17 de abril. As imagens gravadas em um telefone celular por Feiden Santana foram cruciais para que as autoridades tomassem medidas contra Slager.

O vídeo também causou uma onda de protestos em todo o país ao se somar a outros casos de abuso policial contra negros por parte de policiais brancos, como a morte de Michael Brown em Ferguson (Missouri), de Eric Garner em Staten Island (Nova York) e de Freddie Gray em Baltimore (Maryland). /EFE

Publicidade

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.