IRBIL, IRAQUE - Depois de ter sua entrada vetada nos EUA junto com sua família, o iraquiano Fuad Sharef foi informado de que agora está liberado para viajar para o país.
Ele, a mulher e os três filhos - todos com vistos válidos - foram impedidos de embarcar em um avião com destino ao aeroporto JFK, em Nova York, quando a família já estava em trânsito no sábado no aeroporto do Cairo. Todos tiveram de voltar para Irbil, a capital do Curdistão iraquiano.
"Ajudei o governo americano. Trabalhei com eles durante momentos de crise e coloquei minha vida em perigo", lamentava Sharef, que trabalha para a ONG americana RTI International, vinculada por contrato a Washington.
Com 51 anos, o iraquiano vendeu a casa e seus bens pessoais para financiar a viagem da família para os EUA, em busca de uma nova vida. Ele relatou à agência France-Presse que recebeu um telefonema da embaixada americana no Iraque, informando-o de que poderia embarcar.
"A embaixada me disse que podia viajar, como todas as pessoas em posse de um visto especial de imigração", acrescentou, referindo-se ao documento concedido às pessoas que trabalham com os EUA no Iraque e no Afeganistão.
Sharef e a família planejam viajar para Nashville, no Tennessee, na próxima semana. / AFP