PUBLICIDADE

Farc e governo da Colômbia destravam acordo sobre Justiça no processo de paz

Em entrevista publicana na internet, Timoleón Jiménez, o Timochenko, disse que as partes rediscutiram esse segmento do plano e estão de acordo em 74 dos 75 pontos do pacto

Atualização:

BOGOTÁ - As Forças Armadas Revolucionária da Colômbia (Farc) e o governo da Colômbia revisaram novamente o histórico acordo da Justiça que acertaram dentro de processo de paz conduzido em Cuba, e conseguiram acordos em 74 dos 75 pontos deste pacto, anunciou o chefe máximo da guerrilha.

Em uma entrevista postada no YouTube (veja abaixo), Timoleón Jiménez deu a entender que as duas partes conseguiram destravar as discussões em torno do delicado tema da Justiça. "Segundo me informaram, já há consenso sobre os 74 dos 75 pontos", afirmou Jiménez, também conhecido como Timochenko, sem dar mais detalhes.

Negociações de paz:Presidente da Colômbia, Juan Manuel Santos (E), e líder das Farc, Timochenko (D), se cumprimentam em Havana, em setembro de 2015 Foto: EFE/ORLANDO BARRIA

PUBLICIDADE

As duas partes, que estão desde 2012 negociando em Havana os termos para acabar com o conflito armado de meio século, têm diferenças sobre os alcances do acordo sobre Justiça assinado em 23 de setembro na presença do presidente Juan Manuel Santos e de Timochenko, líder rebelde.

Este acordo sobre a justiça visa à criação de um tribunal especial para julgamentos e penas de prisão para os responsáveis por crimes contra a humanidade, tomada de reféns, execuções extrajudiciais e violência sexual, e também anistia por delitos políticos.

Timochenko anunciou o novo entendimento com o governo depois de se reunir no fim de semana com Enrique Santos, irmão do presidente, enviado por ele para tentar superar as diferenças. O líder guerrilheiro destacou ter mantido um encontro muito produtivo e franco.

"Percebo que (o governo) tem a intenção de alcançar um acordo final e começaremos assim a construir a paz", enfatizou. O texto completo do acordo de 75 pontos ainda não foi divulgado. / AFP

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.