Farc expulsam cinco comandantes contrários ao acordo de paz
Guerrilheiros se recusavam a se desmobilizar; um deles participou das conversas realizadas por quatro anos em Havana
Por Redação
Atualização:
BOGOTÁ - As Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) expulsaram cinco comandantes que se recusaram a se desmobilizar e se unir ao processo de paz com o governo do presidente Juan Manuel Santos para encerrar mais de cinco décadas de guerra, disse a liderança da guerrilha.
Os cinco comandantes, todos de unidades presentes na floresta do sudeste do país, incluem um participante das conversas de paz realizadas durante quatro anos em Cuba.
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"Esta decisão é motivada pela conduta recente deles, que contradiz nossa linha político-militar", informaram líderes das Farc em um comunicado divulgado no final da terça-feira 13. "Pedimos a todos os combatentes que foram induzidos a este caminho sem futuro para se distanciarem desta decisão equivocada tomada por seus comandantes", acrescentaram.
Os comandantes expulsos são o segundo grupo de rebeldes a declararem sua oposição ao acordo de paz, mediante o qual as Farc se converterão em um partido político desarmado. Em julho, um líder da Primeira Frente e alguns de seus combatentes deixaram o grupo em protesto contra o pacto.
Autoridades policiais e militares expressaram temores de que alguns guerrilheiros não se desmobilizarão e manterão o controle das operações lucrativas de cultivo de coca e tráfico de cocaína.
Um acordo de paz modificado, que foi delineado depois que a primeira versão foi rejeitada no plebiscito realizado em outubro, foi assinado pelo líder das Farc, Rodrigo Londoño Echeverri, conhecido como Timochenko, e pelo presidente Santos, que recebeu o Prêmio Nobel da Paz por seus esforços para chegar ao entendimento. /REUTERS
Guerrilheiras das Farc se preparam para deixar 'uniformes de guerra'
1 / 10Guerrilheiras das Farc se preparam para deixar 'uniformes de guerra'
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Mayerli, integrante da frente 32 das Farc em Putumayo. A jovem de 18 anos passou quatro anos com a guerrilha e gostaria de ser enfermeira Foto: AP Photo/Fernando Vergara
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Diana Marcela faz parte da 48.ª Frente das Farc, tem 28 anos e disse ter passado 13 na guerrilha. Ela deseja estudar fotografia Foto: AP Photo/Fernando Vergara
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Carolina, 18 anos, integra a Frente 49 da guerrilha. Ela ficou três anos nas Farc e deseja estudar engenharia Foto: AP Photo/Fernando Vergara
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Derly tem 24 anos e passou nove anos com a Frente 49 das Farc. Após o acordo de paz com a Colômbia, ela deseja estudar medicina Foto: AP Photo/Fernando Vergara
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Johana, 19 anos, integra a 32.ª Frente das Farc. Ela ficou na guerrilha por seis anos e quer estudar enfermagem ao deixar o grupo Foto:
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Yeimi, 23 anos, ficou 10 anos ao lado da guerrilha e faz parte da 48.ª Frente. Após o acordo de paz quer estudar sistemas Foto: AP Photo/Fernando Vergara
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Yiceth tem 18 anos e ficou quatro ao lado das Farc. Após a desmobilização da guerrilha, ela deseja estudar enfermagem Foto: AP Photo/Fernando Vergara
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Rubiela tem 32 anos e passou 10 na Frente 49 das Farc. Ela deseja estudar odontologia ao deixar o grupo Foto: AP Photo/Fernando Vergara
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Yuri Renteria, 18 anos, integra a Frente 32 das Farc. Ela diz que após o acordo de paz com a Colômbia deseja cursar engenharia Foto: AP Photo/Fernando Vergara
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Sofia tem 19 anos e passou seis integrando a Frente 49 das Farc. Após deixar as armas, ela quer estudar Direito Foto: AP Photo/Fernando Vergara