FBI alerta para 'diáspora terrorista' após derrota do Estado Islâmico

Segundo ele, a derrota do EI no Iraque e na Síria deixará o grupo "desesperado para provar que mantém sua vitalidade

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Por Redação
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O diretor do FBI (a Polícia Federal americana), James Comey, alertou, nesta quinta-feira, 14, para a possibilidade de uma "diáspora terrorista", depois da derrota do grupo Estado Islâmico no Iraque e na Síria, prevendo um aumento nos ataques extremistas.

"Todos sabemos que haverá uma diáspora terrorista (...) quando as forças militares tiverem esmagado o 'califado' proclamado pelo grupo Estado Islâmico no Iraque e na Síria", afirmou o diretor do FBI, falando diante da Comissão sobre Segurança Doméstica da Câmara de Deputados americana.

Diretor da NSA, Michael Rogers, do FBI, James Comey, de Inteligência Nacional, James Clapper, da CIA, John Brennan e da Agência de Inteligência, Vincent Stewart, participam de audiência no Congresso sobre ameaças aos EUA e seus aliados Foto: AFP / MOLLY RILEY

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"Os milhares de combatentes" do grupo "vão para qualquer parte, e nosso trabalho é apontá-los e detê-los antes que venham para os Estados Unidos para atacar pessoas inocentes", acrescentou.

A derrota do EI no Iraque e na Síria deixará o grupo "desesperado para provar que mantém sua vitalidade, e isso tomará, provavelmente, a forma de mais ataques assimétricos, de mais esforços terroristas", advertiu.

Em meados de junho, o diretor da CIA (Agência Central de Inteligência), John Brennan, informou que restavam "de 18 mil a 22 mil" combatentes do EI no Iraque e na Síria.

O EI está recuando no terreno, sobretudo, no Iraque, onde perdeu a cidade sunita de Fallujah, e acaba de reconquistar uma importante base aérea em Qayyarah, a cerca de 60 km da cidade de Mossul, principal reduto extremista do país. Isso não impediu o grupo de lançar sangrentos ataques terroristas em Bagdá e no mundo.

Também na comissão, o diretor do Centro Nacional de Contraterrorismo, Nicolas Rasmussen, disse que os reveses militares do EI no Iraque e na Síria enfraquecem o grupo. "Mas isso pode levar tempo" até que se traduza em uma redução dos ataques terroristas, afirmou.

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Na quarta-feira, o diretor da CIA, John Brennan, considerou que os três atentados suicidas cometidos na semana anterior na Arábia Saudita "tinham a marca do EI". / AFP 

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