Forças iraquianas matam 23 membros do EI após ataque-surpresa em Mossul
Ação do governo na noite de domingo foi resposta a contraofensiva reivindicada pelo grupo terrorista nos bairros de Tanak e Yarmuk; todas as casas foram revistadas e outros 16 jihadistas foram detidos
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Por Redação
Atualização:
MOSSUL, IRAQUE - As forças iraquianas revistavam minuciosamente, nesta segunda-feira, 26, dois bairros do oeste de Mossul tomados dos extremistas, após uma inesperada e letal contraofensiva reivindicada pelo grupo Estado Islâmico (EI) - informaram fontes oficiais.
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Cometido na noite de domingo, o ataque espalhou pânico entre os moradores que haviam retornado para os bairros de Tanak e Yarmuk. Há várias semanas, os extremistas haviam sido expulsos pelas forças do governo dessas duas localidades.
Os agressores se infiltraram nessa zona controlada pelo Exército, misturando-se aos civis deslocados que voltaram para suas casas, indicou o general Abdelwahab al-Saadi, um dos comandantes das unidades antiterroristas (CTS).
"O grupo (de invasores) chegou junto com os deslocados e se instalou no bairro de Tanak. Depois, voltou a se juntar e lançou o ataque", explicou. Segundo o comandante das forças antiterroristas, 23 jihadistas foram mortos e outros 16 foram detidos. Um médico das CTS contou que o ataque deixou vários mortos no bairro.
Segundo o general Al-Saadi, as CTS "revistam Yarmuk casa a casa", já que dois dos grupos de combatentes do EI se entrincheiraram nesse bairro recuperado em abril.
Uma autoridade local que pediu para não ser identificada descreveu o ataque de domingo como uma tarefa de distração de "células adormecidas" do EI na parte oeste de Mossul. O objetivo seria aliviar a pressão sobre seus efetivos que ainda se encontram na Cidade Velha.
Em 18 de junho, as forças iraquianas lançaram uma ofensiva violenta e arriscada para reconquistar a Cidade Velha de Mossul, uma zona densamente populosa e de ruas estreitas, onde resistem os últimos focos extremistas.
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Agravamento da guerra em Mossul provoca escassez de alimentos e água para civis
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"Fomos informados pelas autoridades que o deslocamento não é obrigatório. Se os civis decidirem ficar serão protegidos pelas forças de segurança iraqu... Foto: AFP PHOTO / KARIM SAHIBMais
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A ação mais recente do governo iraquiano é parte de uma ofensiva mais ampla em Mossul, atualmente em seu oitavo mês. Ela está demorando mais do que o ... Foto: REUTERS/Alkis KonstantinidisMais
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O alvo prioritário da operação é a grande mesquita de Al-Nuri e sua característica torre em Mossul, onde a bandeira negra do Estado Islâmico está hast... Foto: AFP PHOTO / KARIM SAHIBMais
A batalha para recuperar Mossul começou em 17 de outubro passado. No fim de janeiro, as forças do governo haviam conseguido recuperar a parte leste dessa cidade do norte do país. Reduto iraquiano do EI, ela é dividida em dois pelo rio Tigre.
Em 19 de janeiro, lançam uma ofensiva no lado ocidental, retomando vários bairros da parte antiga. As forças iraquianas contam com o apoio da coalizão internacional anti-EI liderada por Washington. Mais de 800 mil pessoas foram deslocadas em função dos combates. / AFP e EFE