Forças pró-Assad entram em Afrin para enfrentar a Turquia

Os combatentes respaldarão a milícia curda que há um mês é alvo de bombardeios turcos

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Por Redação
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BEIRUTE - Depois de terem sido repelidos, na terça-feira, por fogo da Turquia, combatentes ligados ao regime sírio entraram nesta quarta-feira na região de Afrin, no noroeste da Síria, para lutar ao lado da milícia curda Unidades de Proteção Popular (YPG), que desde 20 de janeiro enfrenta uma ofensiva militar turca. Ancara declarou que combaterá as forças pró-Damasco.

A chegada dos combatentes leais ao ditador Bashar Assad a Afrin eleva a possibilidade de uma escalada no conflito na região, que opõe o Exército sírio e milicianos ligados ao Irã – com apoio dos russos – às forças turcas e rebeldes sírios apoiados pelos Estados Unidos. 

Comboio com combatentes pró-Síria chegam na cidade de Afrin, onde a Turquia realiza operação para expulsar combatentes da milícia curda YPG Foto: AFP PHOTO / George OURFALIAN

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A milícia curda YPG afirmou que aviões turcos bombardearam nesta quarta-feira uma cidade da região de Afrin e houve combates terrestres. A Turquia ataca os curdos sob o argumento de que sua presença na fronteira com a Síria é uma ameaça.

A entrada dos combatentes ligados ao governo sírio na região foi anunciada nesta quarta-feira pela mídia estatal do país. “Qualquer passo do regime (sírio) ou outros elementos nessa direção certamente terá sérias consequências”, declarou Ibrahim Kalin, porta-voz do presidente turco, Recep Tayyip Erdogan.

Um comandante da coalizão que luta ao lado das forças pró-Damasco afirmou que, na noite da terça-feira, combatentes ligados ao regime sírio em Afrin responderam ao fogo de rebeldes sírios, que teriam agora apoio também da Turquia. De acordo com o assessor de Erdogan, o comboio dos combatentes pró-Assad era composto por aproximadamente 50 veículos.

No leste de Ghouta, nas proximidades de Damasco, o número de mortes provocadas pela ofensiva que o governo realiza desde o domingo contra rebeldes subiu a 346 nesta quarta-feira. / REUTERS e AP

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