LUCCA, ITÁLIA - Os chanceleres dos países do G-7 reunidos nesta terça-feira, 11, em Lucca, na Itália, concordaram em fomentar uma solução "política e não militar" para o conflito na Síria com a participação ativa da Rússia e da comunidade internacional e rejeitaram a proposta britânica de impor novas sanções contra a Síria ou a Moscou por seu apoio a Bashar Assad.
O ministro de Relações Exteriores da Itália, Angelino Alfano, que presidiu o encontro, disse que "não existe uma solução puramente militar para o conflito na Síria", mas sim uma solução política que depende de "favorecer uma nova Constituição e um processo político que leve a eleições que coloque nas mãos dos sírios o futuro do país".
"Precisamos dialogar com a Rússia, evitando isolá-la, e também encorajando (o presidente russo, Vladimir) Putin a encerrar seu apoio ao regime do presidente sírio", disse Alfano. "A Rússia tem toda a força para pressionar Assad para que decrete um cessar-fogo", completou o chanceler.
Na véspera, o chanceler britânico, Boris Johnson, cogitou a possibilidade de aplicar nova sanções "aos responsáveis militares russos envolvidos na coordenação de operações na Síria por serem cúmplices dos comportamentos atrozes cometidos pelo regime de Assad".
Para o chefe da diplomacia italiana, Moscou pode desempenhar um papel decisivo no processo de transição política na Síria. Alfano disse que esta será a mensagem que o secretário de Estado dos EUA, Rex Tillerson, levará ao seu colega russo, Seguei Lavrov, quando os dois se reunirem nesta terça-feira.
Outros assuntos. Os chanceleres do G-7 também discutiram outros assuntos na reunião em Lucca, como a crise na Líbia e a necessidade de estabilizar o país, a crise na Ucrânia, a não proliferação de armas e a preocupação com o desenvolvimento do programa nuclear da Coreia do Norte.
Além disso, sobre o terrorismo jihadista, eles afirmaram em comunicado conjunto que "a resposta não pode ser apenas militar, mas também é necessário trocar informações entre os Estados". Os países destacaram ainda a preocupação com a "segurança informática" para frear o recrutamento de combatentes pela internet. / EFE, AP e AFP