Genro de Trump entrega documentos a procurador especial, diz CNN

Jared Kushner, marido de Ivanka Trump, forneceu a Robert Mueller - que comanda a investigação sobre a suspeita de interferência da Rússia na eleição dos EUA - papéis sobre campanha presidencial de 2016 e o período de transição

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Por Redação
Atualização:

WASHINGTON - Jared Kushner, genro do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, entregou uma série de documentos na última semanas para o procurador especial, Robert Mueller - que comanda a investigação sobre a suspeita de interferência da Rússia na eleição dos EUA -, informou a emissora americana CNN.

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A iniciativa de Kushner coincide com o início das oitivas de Mueller com uma série de testemunhas para determinar se o marido de Ivanka Trump teve participação na demissão do então diretor do FBI, James Comey, em maio, o que poderia configurar obstrução de Justiça.

Genro e conselheiro de Trump, Jared Kusher (ao fundo) participa de reunião do gabinete do presidente americano Foto: REUTERS/Kevin Lamarque

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Ao focar a investigação em Kushner, a investigação de Mueller chega ao círculo íntimo do presidente e amplia seu escopo para além dos acontecimentos durante a campanha presidencial.

Ainda não está claro, no entanto, como as ações do Gento de Trump - que também é conselheiro especial da Casa Branca - podem estar relacionadas com a investigação sobre a atuação russa ou com a possível obstrução de Justiça na demissão de Comey.

Os documentos entregues voluntariamente por Kushner dizem respeito tanto à campanha presidencial quanto ao período de transição, incluindo qualquer contato com emissários russos que possa ter ocorrido nestes períodos, segundo outra fonte ouvida pela CNN. Os documentos são similares aos que ele já havia entregado aos investigadores do Congresso.

Um funcionário da Casa Branca afirmou de forma anônima à emissora americana que os questionamentos sobre Kushner não são uma surpresa. Tantos os advogados do genro de Trump quanto a Casa Branca preferiram não comentar as revelações da CNN. O porta-voz de Mueller disse que o procurador também se recusou a falar sobre o assunto.

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