HAVANA - A americana Google e a Empresa Estatal de Telecomunicações de Cuba (Etecsa) assinaram nesta segunda-feira, 12, em Havana um acordo para melhorar a velocidade de acesso a produtos como Gmail e YouTube, uma tímida melhora no precário sistema de navegação da rede na ilha. Cuba é um dos países com taxas mais baixas de conectividade.
O documento foi formulado no dia 23 e assinado hoje na capital cubana pelo presidente-executivo da Google, Eric Schmidt, e a presidente da Etecsa, Mayra Arevich. O acordo possibilitará o acesso a uma rede de servidores chamada Google Global Cache, que armazena conteúdo de produtos populares e de uso amplo. Até então, o acesso a eles não era permitido na ilha.
“Esse acordo permite à Etecsa utilizar nossa tecnologia para reduzir o tempo ao entregar de alguns de nossos conteúdos mais populares e de maior tamanho de banda, como os vídeos de YouTube”, afirmou a empresa americana em comunicado.
A presença da Google na ilha remonta ao ano de 2014, poucos meses antes da retomada diplomática entre Cuba e EUA, quando a empresa lançou pela a primeira vez produtos como Chrome e Analytics.
Desde o início do degelo das relações, os EUA têm expressado seu interesse para que se abra o acesso à internet em Cuba e, para isso, tem flexibilizado algumas restrições do embargo econômico que impõe à ilha. No entanto, autoridades cubanas ressaltam que essas medidas têm um alcance limitado e o “bloqueio” segue vigente, dificultando a aquisição de software e tecnologias da informação.
Em março, a Google abriu, em fase de teste, seu primeiro centro tecnológico em Havana. No local, é oferecido acesso gratuito a uma conexão muito mais veloz do que no restante do país e onde é possível utilizar produtos de última geração da companhia.
Em Cuba, o acesso à internet nas residências é proibido e somente é possível para profissionais como jornalistas, advogados ou acadêmicos com uma autorização do governo. Mas, desde julho de 2015, têm sido habilitados em toda a ilha pontos de conexão WiFi em lugares públicos com conexão a US$ 2 por hora. / AP e EFE