Governo espanhol pede a líder catalão ‘que não faça nada irreversível’ e ‘volte à legalidade’

Governador da Catalunha, Carles Puigdemont, deve anunciar a declaração unilateral de independência da região nesta terça-feira

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Por Redação
Atualização:

MADRI - O governo espanhol pediu nesta terça-feira, 10, ao líder catalão, Carles Puigdemont, “que não faça nada irreversível”.

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“Quero pedir ao senhor Puigdemont que não faça nada irreversível, que não siga nenhum caminho que não tenha volta, que não leve a cabo nenhuma declaração unilateral de independência, que volte à legalidade”, disse a jornalistas o porta-voz do governo espanhol, Íñigo Méndez de Vigo.

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Líder catalão, Carles Puigdemont, deve anunciar nesta terça-feira em sessão do Parlamento a declaração unilateral de independência da Espanha Foto: REUTERS/Rafael Marchante

“A Europa já disse com toda a clareza que não aceitará uma declaração de independência da Catalunha”, afirmou ele, em referência às declarações de líderes europeus em apoio ao governo do premiê Mariano Rajoy.

Puigdemont deve anunciar nesta terça-feira em sessão do Parlamento a declaração unilateral de independência catalã. A partir das 18h (13h em Brasília), ele deve comparecer à câmara regional para avaliar a situação política depois do plebiscito realizado no dia 1.º de outubro, considerado ilegal por Madri.

Nesta manhã, a polícia fechou ao público o Parque de la Ciutadella, onde fica o Parlamento regional da Catalunha, como medida de segurança. A medida busca "prevenir situações de pressão sobre a atividade parlamentar", afirmou um porta-voz da corporação.

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O ministro da Economia da Espanha, Luis de Guindos, afirmou que "tudo" que acontece na Catalunha depende de Puigdemont, e disse confiar que impere o senso comum no dia de hoje. "No momento em que estamos (...), tudo depende do senhor Puigdemont, e eu espero é que volte o senso comum, não apenas em toda Catalunha, mas em toda a Espanha e Europa", disse.

Ele ressaltou que o que acontece na Catalunha "não é uma questão de independência, sim ou não", mas "uma questão de rebelião contra o estado de direito". Além disso, qualificou o governo catalão de "radical" e "irresponsável". / AFP e EFE

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