Governo israelense aprova projeto que obriga juramento de lealdade a Estado judeu

Projeto que muda concessão de cidadania é criticado por partidos de centro e esquerda.

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Por BBC Brasil
Atualização:

Decisão de Netanyahu agrada partidos de direita em Israel O gabinete de governo israelense aprovou neste domingo um polêmico projeto de lei que obriga não judeus que quiserem obter cidadania israelense a jurar lealdade ao Estado de Israel "como Estado judaico e democrático". Uma versão parecida da proposta, que vem sendo muito criticada pela minoria árabe do país, já havia sido vetada pelo gabinete do premiê Netanyuahu em 2009. A proposta deve ser agora votada pelo Parlamento israelense. Correspondentes dizem que a lei, se aprovada, prejudicará principalmente palestinos que se casam com israelenses, trabalhadores estrangeiros e outros casos especiais. Os árabes correspondem a 20% da população do país. Assentamentos A proposta apoiada por Netanyahu foi elogiada por ministros da direita, especialmente o chanceler Avigdor Lieberman. O ultra-nacionalista fez do juramento um dos pilares de sua campanha eleitoral do ano passado. Seu partido, o Yisrael Beitenu, tornou-se o segundo maior da coalizão governista, atrás do Likud de Netanyahu. Ministros do Partido Trabalhista disseram esperar que a aprovação do projeto de lei abra caminho para um novo congelamento em construções em assentamentos judaicos na Cisjordânia, uma exigência palestina para a retomada das negociações de paz. Mas o governo de Netanyahu e o partido de Lieberman afirmaram publicamente que a aprovação da lei do juramento não estaria ligada ao congelamento nos assentamentos. Se aprovada, a obrigação do juramento não incluirá imigrantes judeus que quiserem obter a cidadania israelense, que continuarão se beneficiando da lei do Retorno. A lei do Retorno confere cidadania automática ao todos os judeus do mundo que imigrarem para Israel. BBC Brasil - Todos os direitos reservados. É proibido todo tipo de reprodução sem autorização por escrito da BBC.

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