Governo Trump barra programa de alimentação saudável nas escolas iniciado por Michelle Obama

Departamento de Agricultura alega que reforma dará aos colégios ‘mais flexibilidade’ e evitará que as crianças joguem os alimentos considerados menos apetitosos no lixo

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Por Redação
Atualização:

WASHINGTON - O governo de Donald Trump freou um programa iniciado pela ex-primeira-dama, Michelle Obama, que promovia o consumo de alimentos saudáveis em algumas escolas, com menos sal, gordura e açúcar.

O Departamento de Agricultura explicou na segunda-feira 1.º em um comunicado que esta reforma dará às escolas americanas "mais flexibilidade", e evitará que as crianças joguem no lixo alimentos considerados menos apetitosos servidos por esse programa de saúde pública.

Departamento de Agricultura alega que as exigências nutricionais que constam no programa de Michelle Obama custaram US$ 1,2 bilhão aos distritos escolares e aos Estados nos últimos cinco anos Foto: AFP PHOTO / MANDEL NGAN

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A iniciativa, que fazia escolas adotarem melhores medidas nutricionais em troca de subsídios do governo - no contexto de uma lei aprovada 2012 -, era uma das maiores conquistas de Michelle.

Considerada crucial na luta contra a obesidade infantil, o programa restringia as quantidades de sal e de lácteos açucarados além de estabelecer um aumento dos cereais compostos nos alimentos escolares.

Segundo o Departamento de Agricultura, estas exigências nutricionais custaram US$ 1,2 bilhão aos distritos escolares e aos Estados nos últimos cinco anos. O novo secretário de Agricultura, Sonny Perdue, assegurou que, sem essas normas de nutrição, as crianças comerão com mais entusiasmo em vez de descartar o alimento.

Aproximadamente um em cada seis jovens americanos, de 2 a 19 anos de idade, tem obesidade ou sobrepeso, segundo o Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC, na sigla em inglês). / AFP

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