PUBLICIDADE

Governo turco prolongará detenções e confiscará bens de golpistas, diz jornal

Segundo informações do 'Hürriyet', medidas serão tomadas por meio de decretos que o governo emitirá com base no estado de emergência iniciado no país na quinta-feira; reação à tentativa de golpe já afetou mais de 50 mil pessoas

Atualização:

ANCARA - O governo da Turquia planeja emitir os primeiros decretos, como lhe permite a situação de estado de emergência iniciada na quinta-feira, incluindo o confisco de bens dos supostos golpistas, além de aumentar o período de detenção, segundo reportagem publicada nesta sexta-feira, 22, pelo jornal "Hürriyet".

De acordo com o jornal, as apreensões de bens de supostos participantes da fracassada tentativa de golpe da semana passada vão acontecer enquanto durarem as investigações.

Veículo da polícia turca patrulha as ruas da capital Ancara Foto: AP Photo/Burhan Ozbilici

PUBLICIDADE

Além disso, segundo "Hürriyet", os funcionários que são suspeitos de pertencer ao grupo liderado por Fetullah Gülen, clérigo autoexilado nos EUA que o governo turco acusa de organizar o golpe, serão despedidos sem nenhum tipo de compensação, enquanto os simpatizantes serão destituídos de seus cargo.

Até o momento, cerca de 50 mil pessoas em todo o país tiveram seus salários suspensos por conta da suposta vinculação com Gülen. Além disso, escolas, fundações e associações que tiverem ligação com Gülen serão fechadas.

Citando fontes governamentais não identificadas, o jornal afirma que outra medida que o governo tomará por decreto é a ampliação de quatro para sete dias o período que alguém pode ficar detido antes de ser enviado para um juiz.

Manifestantes pró-governo na Praça Taksim, em Istambul Foto: Petros Giannakouris/AP

Já a Gendarmaria, corpo policial militarizado que se manteve fiel ao governo durante o golpe, terá menos dependência do Exército.

O governo também planeja uma campanha internacional em que os ministros da Justiça e das Relações Exteriores viajarão para os Estados Unidos, onde Gülen reside desde 1999, para discutir sua extradição para a Turquia. / EFE

Publicidade

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.