O grupo parlamentar Esquerda Unitária Européia (IUE) iniciou hoje uma campanha a favor do fechamento de 170 centros de detenção administrativa de imigrantes irregulares na Europa, entre eles, catorze na Espanha. De acordo com o deputado da IUE, Giusto Catania, esses locais "São comparáveis a prisões e em alguns casos, são até pior, pois nem sequer os parlamentares podem entrar". A campanha se baseia nos trabalhos da Organização Não-Governamental Migreurop que, de Portugal à Turquia, identificou 170 centros nos quais os imigrantes são internados à força enquanto aguardam para serem deportados. A relação inclui desde a ilha italiana de Lampedusa aos aeroportos de Orly (Paris), Zaventem (Bruxelas), Manchester e Dublín, passando por instalações de Berlim, Praga, Estocolmo e Varsóvia. Na Espanha, há centros de detenção em Cádiz (centro de detenção e local de detenção de Las Eras, ambos en Algeciras, e Ilha das Palomas, em Tarifa), Barcelona (La Verneda e Zona Franca), Madri (Moratalaz e Aeroporto de Barajas), Málaga, Murcia, Valência, Tenerife, Fuerteventura (Aeroporto El Matorral) e Lanzarote. O deputado, que apresentou hoje uma publicação sobre as visitas que o seu grupo realizou em 2005 a Lampedusa, Ceuta e Melilla, disse que os Centros de Estância Temporal de Imigrantes (CETI) das duas cidades autônomas espanholas não entram na relação pois são instalações abertas onde os imigrantes não ficam reclusos.