Guardião de um santuário mata 20 devotos no Paquistão

Outras quatro pessoas, incluindo três mulheres, estão feridas em estado grave

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PAQUISTÃO - A polícia paquistanesa informou que o guardião de um santuário local matou 20 pessoas e feriu outras três neste sábado, 1. Abdul Waheed, que ocasionalmente atendia como curandeiro, atacou os visitantes do templo Ali Muhammad Gujjar, na província oriental de Punjab, com facas e paus. Entre as vítimas, estavam cinco membros da mesma família.

O porta-voz da polícia local disse que Waheed foi matando as vítimas uma a uma ou em pequenos grupos, conforme iam chegando ao templo depois de tê-las chamado. Um oficial da polícia, que pediu anonimato, disse à agência de notícias EFE que as mortes ocorreram durante uma cerimônia de purificação e há indícios de que as vítimas foram drogadas antes de serem mortas. As autoridades foram alertadas dos fatos por três pessoas que conseguiram escapar do templo.

Parentes esperam receber os corpos das vítimas mortas pelo guardião do templo Foto: ISRARUL HAQ/EFE

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O policial Mohammad Bilal disse neste domingo, 2, que Waheede outras quatro pessoas foram presas e estão sendo interrogadas. Segundo ele, outras quatro pessoas, incluindo três mulheres, permanecem feridas em estado crítico.

O vice-comissário de polícia de Sargodha, Liaquat Ali Chatta, disse que o guardião do templo é um funcionário do governo, trabalhou há um ano para a comissão eleitoral do país e sofre de "problemas mentais". Chatta disse que o homem agiu supostamente na intenção de "bater e torturar" devotos para "limpá-los". No Paquistão, é habitual recorrer a curandeiros espirituais nos templos em busca de cura para enfermidades mentais ou físícas ou para se desfazer de supostas maldições e encantamentos. /EFE e AP

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