Guatemala pede a troca dos embaixadores da Suécia e Venezuela

Segundo o Ministério das relações exteriores da Guatemala, substituição foi motivada por 'ingerência'

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O governo da Guatemala solicitou na quinta-feira, 10, através do canal diplomático, a mudança dos embaixadores da Suécia, Anders Kompass, e da Venezuela, Elena Alicia Salcedo, por "ingerência". "No desempenho de suas funções, eles submergiram atitudes que resultaram em interferência nos assuntos internos do Estado da Guatemala, não em conformidade com a política externa do país", disse o Ministério das Relações Exteriores, através de um comunicado. O governo da Guatemala, que já solicitou a troca, espera que os respectivos governos apresentem as propostas dos novos chefes de missão para "iniciar o processo de assentimento dos candidatos".

O governo da Guatemala solicitou na quinta-feira, 10, através do canal diplomático, a mudança dos embaixadores da Suécia,Anders Kompass (foto), e da Venezuela,Elena Alicia Salcedo. Foto: AP Photo/Moises Castillo

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A ministra das Relações Exteriores, Sandra Jovel, conversou rapidamente com a imprensa e afirmou que as solicitações foram trabalhadas com as chancelarias da Suécia e Venezuela e que cada embaixador recebeu o motivo "específico" para solicitar as trocas o "mais rápido possível". "É uma decisão soberana da República da Guatemala e isso não significa que haja uma má relação com os governos", disse a chanceler, que não quis entrar em detalhes sobre o que motivou a decisão, mas acrescentou que o motivo que levou a Guatemala a pedir a substituição do diplomata sueco teve a ver com ele ter chamado de "corrupta toda a sociedade" da Guatemala, uma declaração negada por Kompass.

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"Esses tipos de comentários não são próprios de um embaixador", disse Sandra Jovel, reiterando se tratar de uma "decisão de política externa" que vem "trabalhando há meses" e acrescentou que isto não afeta as relações bilaterais com os dois países. A ministra rejeitou que pedirá a retirada de outros diplomatas, pois espera que "eles saibam se comportar". /EFE

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