BOGOTÁ - O presidente da Colômbia, Juan ManuelSantos, disse na noite do domingo, 18, que o guerrilheiro do Exército de Libertação Nacional (ELN) que morreu na semana passada enquanto colocava explosivos em uma estrada no nordeste da Colômbia “pertencia ou pertenceu” à Guarda Nacional Bolivariana (GNB) – a polícia militar venezuelana.
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O atentado ocorreu numa rodovia que une as cidades de Pamplona e Cúcuta, no Departamento Norte de Santander, fronteiriço à Venezuela. Segundo Santos, esse é mais um indício de que a guerrilha está recrutando venezuelanos, como revelou na semana passada o comandante das Forças Armadas colombianas Alberto Mejía.
“Venezuelanos atravessam a fronteira e são recrutados em condições muito vulneráveis pela guerrilha”, disse o líder militar.
O ELN, ainda segundo o relato do general, oferece pagamentos e benefícios para aderir ao grupo. Além do recrutamento, os líderes da guerrilha têm se refugiado na Venezuela.
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Diariamente, 37 mil venezuelanos cruzam a fronteira – uns para comprar comida e remédios, outros para fugir da crise no país vizinho. Ao menos 550 mil já se instalaram definitivamente na Colômbia.
O ministro da defesa colombiano, Luis Carlos Villegas, e o venezuelano, Vladimir Padrino, devem debater o tema numa reunião nos próximos dias. /EFE