Homens armados atacam hospital em Caracas durante protesto contra Maduro

De acordo com relatos de médicos, grupo de pessoas em motocicletas - supostamente apoiadores do presidente bolivariano - atacou com objetos contundentes e armas de fogo pessoas que estavam nas adjacências da clínica

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CARACAS - Um grupo de homens armados atacou na terça-feira, 4, um hospital de Caracas durante um protesto da oposição contra o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, ferindo pelo menos cinco pessoas que estavam nos arredores do local.

Dois médicos afirmaram que o ataque ocorreu quando os funcionários do hospital participavam de um ato convocado pela oposição contra a Assembleia Constituinte promovida por Maduro para mudar a Carta Magna do país.

Hospital em Caracas foi atacado durante protesto contra o presidente Nicolás Maduro Foto: EFE/CRISTIAN HERNÁNDEZ

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"Um grupo de homens armados chegou ao hospital e destruiu todos os vidros da clínica", disse um dos médicos, que sugeriu que os autores eram simpatizantes de Maduro. Foi possível constatar que a porta de entrada do hospital foi quebrada pelos vândalos. Vários dos vidros também foram quebrados.

O Ministério Público anunciou a abertura de uma investigação pelos danos causados às instalações do Hospital Clínico de Caracas.

"De acordo com as informações preliminares, por volta das 13 horas (14 horas em Brasília) de terça-feira, um grupo de pessoas em motocicletas atacou com objetos contundentes e armas de fogo pessoas que estavam nas adjacências do hospital", explicou o MP em comunicado. "No meio dessa situação, eles teriam destruído a fachada do citado hospital", completa a nota.

Vários deputados da oposição também denunciaram o ataque ao protesto contra Maduro. Um dos parlamentares, José Manuel Olivares, atribuiu a ação a "grupos paramilitares". Já o deputado Richard Blanco responsabilizou os "delinquentes da ditadura".

Fotos publicadas por Blanco mostram vidros quebrados e pedaços de outras partes danificadas da fachada do hospital.

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As manifestações iniciadas no país em abril já deixaram 91 mortos, segundo dados atualizados divulgados pela procuradora-geral da Venezuela, Luisa Ortega Díaz. / EFE

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