BUDAPESTE - O governo da Hungria adotou nesta sexta-feira, 4, uma série de medidas para restringir a entrada de refugiados de guerra sírios em seu território. Um posto de fronteira com a Sérvia foi fechado temporariamente. Além disso, o Parlamento aprovou novas leis que criminalizam a entrada de imigrantes no país.
Agora, atravessar o muro que está sendo construído na fronteira com a Sérvia passa a ser crime passível de três anos de prisão.
"Para evitar acidentes, o posto de fronteira de Roszke foi fechado temporariamente", disse a polícia húngara em comunicado.
Nos arredores de Budapeste, um grupo de 300 pessoas deixou um campo de refugiados a pé na tentativa de chegar à Áustria. Ontem, o governo húngaro, chefiado pelo partido nacionalista Fidesz, impediu o embarque de imigrantes em trens para a Áustria e cancelou viagens ferroviárias à Europa Ocidental. O primeiro-ministro Viktor Orban pediu que a Alemanha - destino da maioria das pessoas que fogem da guerra na Síria - cuide da situação.
Sérvia. Em meio à comoção mundial provocada pela morte do bebê sírio Aylan Kurdi, afogado em uma praia turca enquanto tentava chegar à Grécia, o governo da Sérvia anunciou estar preparado para acolher uma cota de refugiados vindos da Síria e do Norte da África.
"Como um país que quer ser membro da União Europeia, é uma boa ocasião para nos mostrarmos preparados para essa tarefa", disse o ministro do Interior Nebojsa Stefanovic.
Ele também criticou a decisão húngara de fechar a fronteira. "Isso não ajudará a interromper a imigração. A questão é como lidar com isso e como estamos preparados para o problema." / AP e REUTERS