PUBLICIDADE

Iata pede que rotas aéreas para Venezuela sejam mantidas

Governo bolivariano impede há três anos o saque de cerca de US$ 3,8 bilhões em virtude da escassez de reservas e do duro controle de câmbio em vigor no país

Atualização:

GENEBRA - A Associação Internacional de Transporte Aéreo (Iata) pediu nesta quinta-feira, 22, que companhias aéreas continuem voando para a Venezuela apesar de o governo do presidente Nicolás Maduro seguir retendo ativos dessas empresas no país. Estimativas da entidade indicam que o governo bolivariano impede há três anos o saque de cerca de US$ 3,8 bilhões em virtude da escassez de reservas e do duro controle de câmbio em vigor no país. 

Apesar da desistência de diversas empresas aéreas em voar para o país, entre elas a Gol e a Latam, muitas companhias pretendem continuar com as rotas, mas precisam de uma autorização do governo dos Estados Unidos, que, em virtude de sua lei antimonopólio, impede qualquer coordenação entre empresas aéreas para evitar monopólios que prejudiquem o consumidor. 

Nicolás Maduro, presidente da Venezuela, pediu suspensão da imunidade parlamentar no país Foto: AP Photo/Ariana Cubillos, File

PUBLICIDADE

“Depois de três anos de luta da Iata e de seus associados, o governo venezuelano segue sem oferecer soluções. Por isso, pedimos ao governo americano que aprove a imunidade a nossas empresas para que implementemos medidas que não coloquem em risco a conectividade aérea da Venezuela”, disse em nota Alexandre de Juniac, conselheiro da Iata.  Ainda de acordo com a entidade, a estratégia consiste em impedir que a Venezuela fique sem voos internacionais. “A situação é muito grave e vai piorar”, acrescentou.

Como o governo controla rigidamente a venda de dólares a empresas privadas, as companhias não conseguem converter seus resultados em bolívares na moeda americana. Como a inflação no país este ano deve ser de cerca de 720%, esses ativos tendem a se desvalorizar progressivamente. O governo venezuelano tem apenas US$ 12 bilhões em reservas internacionais. / EFE

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.