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Imagens de satélite indicam suspeitas de atividades em complexo nuclear norte-coreano

Fotos capturaram emissões de fumaça no laboratório radioquímico de Yongbyon, constituindo ‘uma atividade incomum’ no local, considerado a principal fonte de plutônio para abastecer o programa de desenvolvimento de armas nucleares de Pyongyang

Atualização:

TÓQUIO - Novas imagens de satélite divulgadas nesta terça-feira, 5, mostram emissões de fumaça nas instalações nucleares norte-coreanas de Yongbyon, segundo publicou o site 38 North, que considera "suspeitos" esses indícios de atividades.

As imagens, analisadas durante as últimas cinco semanas, captaram várias emissões de fumaça no laboratório radioquímico de Yongbyon, o que constitui "uma atividade incomum" no complexo, considerado a principal fonte de plutônio para abastecer o programa de desenvolvimento de armas nucleares de Pyongyang.

Comparação entre imagens que mostram situação anterior e atual mostra aumento da emissão de fumaça no laboratório radioquímico de Yongbyon Foto: Reprodução / 38north.org

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As colunas de fumaça "sugerem que está sendo realizada alguma atividade significativa neste momento, ou os preparativos para realizá-la em breve", de acordo com o site, que acrescentou que não está claro "se essas atividades estão relacionadas com a separação de plutônio para seu uso em armas nucleares".

Esses indícios estão em linha com uma declaração feita no início de fevereiro pelo diretor de Inteligência Nacional dos EUA, James Clapper, que estimou que a Coreia do Norte poderia obter plutônio em Yongbyon para utilizar em bombas "em questão de semanas ou meses".

No entanto, outras imagens de satélite divulgadas no início de março mostravam que o reator nuclear de Yongbyon estava funcionando "com rendimento baixo ou de maneira intermitente", segundo analistas do Instituto para a Ciência e a Segurança Internacional (Isis, sigla em inglês).

A Coreia do Norte conta com um reator de grafite de cinco megawatts no complexo de Yongbyon, cujo combustível gasto é processado posteriormente no laboratório radioquímico para obter o plutônio utilizado na fabricação de bombas nucleares.

No dia 6 de janeiro, a Coreia do Norte realizou seu último teste atômico, o que levou o Conselho de Segurança da ONU a aprovar, de maneira unânime, sanções mais duras contra o regime liderado por Kim Jong-un.

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Entre as medidas, estão a inspeção obrigatória de cargas, restrições na exportação de matérias-primas, embargo ao comércio de armas leves, proibição de venda de combustível aeroespacial ao país e sanções financeiras sobre indivíduos, entidades e ativos norte-coreanos. /EFE

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