Imigrantes furam bloqueio e entram em enclave espanhol de Ceuta

Grupo de ao menos 187 pessoas avançou contra agentes fronteiriços marroquinos, que não conseguiram detê-los

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Por Redação
Atualização:

MADRI - Pelo menos 187 imigrantes entraram na madrugada desta segunda-feira em um posto fronteiriço entre o Marrocos e o enclave espanhol de Ceuta e avançaram contra os agentes de imigração, que não conseguiram detê-los.

Segundo um porta-voz da Guarda Civil, a invasão ocorreu às 5 horas locais, quando os imigrantes chegaram correndo e surpreenderam os agentes. Tanto Ceuta quanto o outro enclave espanhol no território marroquino, Melilla, habitualmente são cenário de invasões em massa de imigrantes da África Subsaariana.

Imigrantes da África Subsaariana após cruzar do Marrocos para o enclave espanhol de Ceuta Foto: EFE/Reduan

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No entanto, essa forma de tentar cruzar a fronteira, correndo através dos postos de controle, é pouco comum, disse uma fonte do governo marroquino. “Fazia muito tempo que não havia uma tentativa de entrar utilizando essa estratégia”, disse a fonte.

Ela acrescentou que os imigrantes que conseguiram chegar à Espanha foram levados a centros de acolhida em Ceuta, onde poderão solicitar asilo. Mas a maioria entra na Espanha na esperança de ir para outro país europeu. 

A Cruz Vermelha espanhola indicou, em sua conta no Twitter, que seus voluntários deram assistência a 186 pessoas que entraram em Ceuta, 4 das quais foram transferidas a hospitais porque apresentavam contusões ou cortes. Na semana passada, em Ceuta, cerca de 200 imigrantes avançaram contra a elevada cerca fronteiriça e 73 deles conseguiram passar para o lado espanhol.

Cerca. A chamada “Vala de Ceuta” separa Marrocos do enclave espanhol. É formada por duas cercas com 6 metros de altura e arame farpado no topo do lado espanhol, e outra cerca de 3 metros do lado marroquino. Elas correm paralelamente por uma extensão de 8 quilômetros, têm um corredor para a passagem de veículos de vigilância, contam com uma rede de sensores de ruído e movimento, além de câmaras de segurança. / AFP

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