INDONÉSIA - As autoridades da Indonésia decretaram alerta máximo nesta segunda-feira, 27, na ilha de Bali. O governo decidiu retirar 100 mil pessoas de áreas ameaçadas pelo risco de erupção do vulcão Agung, que está emitindo fumaça cinza há vários dias.
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"O nível de alerta do vulcão foi elevado ao nível máximo", disse o diretor do Centro Nacional de Vulcanologia da Indonésia, Gede Suantika. "Tremores constantes podem ser sentidos", advertiu.
Quase 40 mil pessoas que moram perto do vulcão já abandonaram suas casas e outras 60 mil terão que adotar a mesma medida, afirmou a Agência Nacional de Gestão de Catástrofes.
"Ampliamos a área de exclusão e o número de pessoas que serão retiradas deve aumentar, mas ainda não temos os números atualizados", declarou à agência de notícias francesa AFP Sutopo Purwo Nugroho, porta-voz da agência. "O mais importante é seguir nossas instruções e manter a calma".
O Monte Agung, cuja última erupção em 1963 deixou 1,6 mil mortos, expelia nesta segunda-feira uma fumaça cinza que superava mais de 3 mil metros. A zona de exclusão ao redor do vulcão, que fica a 75 km da estação turística de Kuta, foi ampliada a 10 quilômetros. Todos os moradores dentro do perímetro receberam ordem de deixar a região.
"As projeções contínuas de cinzas às vezes são acompanhadas de erupções explosivas e um leve estrondo sonoro", indicou a Agência Nacional de Gestão de Catástrofes. A agência indicou a iminência de uma "erupção mais forte".
Aeroportos. As localidades próximas ao vulcão estão cobertas por cinza procedente do monte Agung e as autoridades distribuíram milhares de máscaras de proteção entre a população. O aeroporto internacional de Denpasar, capital da província de Bali, muito frequentada pelos turistas de todo o mundo, foi fechado.
O aeroporto da ilha de Lombok, outro destino turístico, ao leste de Bali, também foi fechado no domingo à tarde em consequência das cinzas arrastadas pelo vento. Mas nesta segunda-feira o terminal foi reaberto.
O monte Agung despertou entre agosto e outubro. Mais de 140 mil pessoas foram retiradas da ilha. No fim de outubro, a situação se acalmou e muitos moradores voltaram para suas casas.
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Mas, na terça-feira passada, o Monte Agung rugiu novamente, forçando 25 mil pessoas a se refugiarem. Pela segunda vez em menos de uma semana, o vulcão emitiu no sábado uma grande fumaça, o que, segundo especialistas, pode ter sido provocado por uma erupção freática, ou seja, a expulsão brusca e violenta de vapor.
Dezenas de hindus participaram no domingo em cerimônias de oração perto do vulcão, com a esperança de impedir uma erupção. A Indonésia, que fica no "círculo de fogo" do Pacífico, tem mais de 120 vulcões em atividade. / EFE e AFP