"Na Argentina, as investigações estão muito atrasadas. Cristina Kirchner tem muitos problemas na Justiça, não só vinculados à Odebrecht. Seu eleitorado, porém, é tão fiel que não se importa com as denúncias. Cristina disputará uma vaga no Senado, em outubro, e há risco de que ela, caso eleita, seja cassada ou perca a imunidade parlamentar.
Para o presidente Mauricio Macri, as coisas são um pouco diferentes. A maioria das obras realizadas quando ele era prefeito de Buenos Aires foi financiada pelo governo federal. No entanto, a empresa do pai dele teve negócios com a Odebrecht. Não há registros de que a empreiteira tenha se envolvido com obras durante sua gestão na capital, mas não se sabe ainda se houve doações à campanha dele de olho em projetos futuros."
*Depoimento ao repórter Luiz Raatz