Irã diz que vai retaliar sanções de Trump contra chefe do Judiciário

País persa chamou de 'hostil' a ação do presidente americano e afirmou que ela terá uma reação da República Islâmica

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DUBAI - O Irã disse neste sábado, 13, que vai retaliar as sanções impostas ao seu poder judiciário pelos Estados Unidos, enquanto o presidente americano, Donald Trump, busca intensificar os esforços para "consertar" um acordo nuclear entre Teerã e as principais potências mundiais.

"A ação hostil do regime Trump (contra Sadeq Larijani) ... cruzou todas as linhas de conduta na comunidade internacional e é uma violação do direito internacional e certamente será respondida por uma reação da República Islâmica", disse o Ministério do Exterior do Irã em uma declaração realizada pela mídia estatal.

O aiatolá Sadeq Larijani, chefe do poder Judiciário do Irã. Foto: Caren Firouz/Reuters

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Nesta sexta-feira, 12, o líder americano aprovou sanções contra 14 entidades e indivíduos, incluindo o chefe do Judiciário iraniano, o aiatolá Sadeq Larijani, que o governo dos EUA considera culpado pela violenta repressão aos recentes protestos no Irã.

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Trump também disse que manteria o alívio nas sanções nucleares contra o Irã pela última vez para dar a Washington e seus aliados europeus "a última chance" de consertar as "falhas terríveis" do acordo nuclear de 2015.

O Irã disse que não está interessado em nenhuma renegociação e quase certamente verá um acordo paralelo entre os EUA e a Europa como uma violação do pacto. Os europeus, entretanto, disseram que estão dispostos a discutir o assunto com os EUA, mas mostraram pouco entusiasmo com a linha dura de Trump.

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O chanceler iraniano, Mohammad Javad Zarif, disse no Twitter que a decisão de Trump enfraqueceu o acordo e denunciou "uma tentativa desesperada de sabotar um sólido acordo multilateral". /Reuters e AP

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